Técnica de restauração ecológica aplicada à área de preservação permanente no sul do Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Fróes, Caroline Quinhones lattes
Orientador(a): Pereira, Zefa Valdivina lattes
Banca de defesa: Garcia, Leticia Couto lattes, Padovan, Milton Parron lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Biologia Geral/Bioprospecção
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/701
Resumo: Ao longo dos anos, a pecuária, as culturas agrícolas e demais atividades antrópicas exerceram forte pressão ao meio ambiente, se estabelecendo de forma inadequada e desrespeitando áreas que legalmente eram para ser protegidas, como as áreas de preservação permanente. Por esta razão, a cobertura florestal do Mato Grosso do Sul tem sido alvo de degradação, implicando na fragmentação de habitats e afetando diretamente no fornecimento dos serviços ecossistêmicos. Em vista do atual quadro, torna-se necessária a restauração dessas áreas, aplicando técnicas de restauração ecológica, visando o resgate dos processos ecológicos. O objetivo do capítulo foi avaliar o desenvolvimento e a sobrevivência de espécies arbóreas de diferentes estágios sucessionais sob diferentes condições a campo e verificar sua viabilidade mensurando o custo da técnica aplicada. O plantio foi realizado na área de preservação permanente da Fazenda Experimental da UFGD-MS, em linhas de preenchimento e diversidade, com 12 espécies diferentes, em 3 tratamentos: Controle, Hidrogel, e Irrigação por gotejamento, com 8 repetições por espécie em cada tratamento, constituindo-se em um delineamento inteiramente casualizado (DIC) no esquema fatorial 3x9 com parcelas subdivididas no tempo. As espécies utilizadas para a linha preenchimento 1 foram: Peltophorum dubium (Spreng.) Taub., Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong, Pterogyne nitens Tul. e Guazuma ulmifolia Lam., para a linha diversidade foram: Eugenia uniflora L., Myracrodruon urundeuva Allemão, Eugenia pyriformis Cambess. e Calophyllum brasiliense Cambess., para a linha preenchimento 2 as espécies foram Tabernaemontana fuchsiifolia (A.DC.), Phytolacca dioica L., Schinus terebinthifolius Raddi e Amburana cearensis A. C. Smith. A sobrevivência, cobertura de copa e incremento médio da altura e diâmetro foram avaliados aos 365 dias. A altura e o diâmetro foram aferidos a 0, 45, 90, 135, 180, 225, 270, 315 e 365 dias. Foi realizada a análise de variância (ANOVA) e o contraste de médias entre os diferentes tratamentos pelo teste de Tukey (p<0,05). O levantamento de custos foi mensurado considerando os gastos obtidos com materiais, mão-de-obra e manutenção. Conforme consta no capítulo 1, quanto a sobrevivência algumas espécies foram favorecidas com o gotejamento, e outras foram prejudicadas com a utilização do hidrogel. Quanto ao incremento médio da altura e diâmetro total, as únicas espécies que obtiveram resultados significativos após um ano foram G. ulmifolia, P. nitens, favorecidas pelo hidrogel, e E. pyriformis e S. Terebinthifolius, prejudicadas por ele. Para a altura média, a única espécie em que é possível afirmar que o gotejamento favoreceu o desenvolvimento é S. Terebinthifolius. De modo geral para todos os parâmetros avaliados, P. dubium, G. ulmifolia, E. contortisiliquum, S. terebinthifolius, E. uniflora, E. pyriformis e M. urundeuva obtiveram bons resultados independente da técnica aplicada. Portanto, tendo em vista o alto custo do gotejamento, o tratamento controle possui o melhor custo-benefício, principalmente quando se considera a implantação desse tipo de técnica em grande escala.