Avatikyry: ritual de batismo do milho Saboró entre os Kaiowa de Panambizinho (Dourados-MS)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Falcão, Raul Claudio Lima lattes
Orientador(a): Ramos, Antônio Dari lattes
Banca de defesa: Pereira, Levi Marques lattes, Silvestre, Célia Maria Foster lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Antropologia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1143
Resumo: Incorporados a uma forma singular que constitui em uma linguagem sócio-política de resistência, mediatizados por sujeitos históricos capazes de transformar sua própria realidade, os rituais indígenas implicam em um processo vivo de rememoração e ressignificação cultural permanente, constituindo assim, em um poderoso e vivo movimento de dinamicidade estrutural e de eficácia simbólica, tal como de unidade política e afirmação de uma condição social perante o grupo envolvido. Entendendo que estas práticas se configuram em uma das principais manifestações - sociais, religiosas, políticas, entre outras - de um povo, e que a partir destas, podemos caminhar para uma possível construção de uma reflexão sobre o universo das relações dos sistemas sociais formalizadas entre os membros deste coletivo - e até mesmo com outros grupos - espaços e posições, pretendo com a realização deste trabalho, apresentar uma etnografia centrada no ritual do Avatikyry, significativo ritual realizado pelos índios Kaiowa habitantes da Terra Indígena de Panambizinho (TIP), localizada no distrito de Panambi, município de Dourados, Estado do Mato Grosso do Sul. Atribuímos ao ritual do Avatikyry a primazia de ser um necessário e importante elemento agregador sociopolítico, na atualidade, do coletivo Kaiowa residente na Terra Indígena de Panambizinho; por meio dessa problemática, pretende-se aqui demonstrar que a essência e a centralidade do povo Kaiowa ainda reside na vida religiosa e na busca pela “terra sem males” tal como no “bem viver” do seu singular Ñande Reko, demonstrados na preocupação em realizar permanentemente essa cerimônia e celebrar mais uma transição temporal.