Oscilações térmicas sobre o parasitoide de ovos Telenomus podisi (Ashmead) (Hymenoptera: Scelionidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Mariani, Andressa lattes
Orientador(a): Oliveira, Harley Nonato de lattes
Banca de defesa: Ávila, Crébio José lattes, Viana, Cácia Leila Tigre Pereira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1297
Resumo: Condições climáticas inadequadas podem afetar negativamente a performance e até mesmo a sobrevivência da maioria dos insetos. A temperatura é um dos principais fatores que interfere no sucesso dos agentes de controle biológico de pragas. O parasitoide de ovos Telenomus podisi (Ashmead) (Hymenoptera: Scelionidae) tem sido amplamente utilizado para o controle do percevejo Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae). Liberações desse parasitoide nas lavouras de soja, em condições de temperaturas inadequadas podem resultar no insucesso do controle desse percevejo fitófago, comprometendo assim a produtividade final da cultura. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de oscilações térmicas sobre o parasitoide T. podisi. Os parâmetros biológicos do parasitoide foram avaliados em dois experimentos. Para isso, fêmeas do parasitoide com até 24 horas de idade e previamente alimentadas com mel foram individualizadas em tubos de vidro. No primeiro experimento, os parasitoides foram submetidos a oscilações de temperaturas acima e abaixo de 25ºC, sendo, a menor temperatura estudada de 17°C e a maior de 41°C, com oscilações de 2ºC a cada hora, totalizando 13 tratamentos com 20 repetições cada. No segundo experimento, novas fêmeas do parasitoide eram individualizadas em tubos de vidro e submetidas a choques térmicos, no qual os parasitoides eram transferidos da temperatura inicial de 25°C diretamente para diferentes temperaturas ( 27°C, 29°C, 31°C, 33°C, 35°C, 37°C, 39°C e 41°C) e após uma hora voltando a temperatura de 25°C. Após a exposição às oscilações de temperatura e ao choque térmico, foi avaliado a sobrevivência das fêmeas de T. podisi, e posteriormente, cada fêmea recebeu dez ovos viáveis de E. heros. Após 24 horas, esses ovos foram individualizados em tubos de vidro, e mantidos em câmara climatizada tipo B.O.D 25±1º C, 60%±10% de umidade relativa e fotofase de 12 horas até a emergência dos parasitoides, visando avaliar a porcentagem de ovos parasitados, de emergência e a razão sexual. As fêmeas, após o parasitismo, também foram mantidas em câmara climatizada, para posteriormente avaliar a longevidade. A exposição do parasitoide T. podisi a temperaturas superiores a 33C° nos experimentos de oscilação de temperatura e de choque térmico causaram diminuição na sobrevivência, longevidade, parasitismo, emergência e na razão sexual. Temperaturas inferiores a 21C° sob a condição de oscilação causaram também redução no parasitismo, emergência e na razão sexual. Porém, nessas condições de oscilação e choque térmico, temperaturas superiores a 33°C e inferiores a 21°C afetam drasticamente emergência da progênie. Já a temperatura de 41C° foi letal aos parasitoides nos dois experimentos. As características biológicas do parasitoide T. podisi quando submetidos a oscilações de temperatura e a choque térmicos entre 21°C a 31°C não sofrem interferência, ou seja, nessa ampla faixa de temperatura esse parasitoide consegue se desenvolver e parasitar sem comprometer as suas características biológicas e a sua eficiência no controle do percevejo E. heros.