Síndrome metabólica e fatores associados de adolescentes de uma comunidade da região Centro-Oeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Michel Coutinho dos lattes
Orientador(a): Oesterreich, Silvia Aparecida lattes
Banca de defesa: Pacheco Neto, Manuel lattes, Silva, Mário Sérgio Vaz da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Faculdade de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1272
Resumo: A síndrome metabólica (SMet), problema de saúde mundial, é caracterizada pela presença de pelo menos três dos seguintes critérios: hipertensão, insulina-resistência, intolerância à glicose, obesidade, baixo HDL e aumento dos triglicerídeos. Estudos realizados em diferentes regiões do mundo têm apontado acentuado aumento na prevalência de sobrepeso e obesidade em todas as faixas etárias, no entanto, poucos estudos estão disponíveis na literatura no que diz respeito à população pediátrica. Este estudo teve como objetivo estabelecer estimativas relacionadas à síndrome metabólica em uma amostra representativa de adolescentes em idade escolar de Dourados, Mato Grosso do Sul. Estudo de corte transversal envolvendo 274 escolares de 12 a 18 anos (186 femininos e 88 masculinos), avaliados no período de junho de 2016 a julho de 2017. Foram reunidas informações relativas aos indicadores demográficos, ao estado nutricional antropométrico, prática de atividade física, tempo de tela e hábitos alimentares. A SMet foi identificada a partir da análise do teor sanguíneo de lipídeos plasmáticos (triglicerídeos e HDL-C) e glicemia, da pressão arterial em repouso (sistólica e diastólica) e do acúmulo de gordura abdominal (circunferência de cintura), de acordo com critérios propostos pela International Diabetes Federation (IDF). Neste caso, SMet é definida pela presença obrigatória da circunferência de cintura elevada (< 16 anos: ambos os sexos ≥ Percentil 90; ≥ 16 anos: rapazes ≥ 90cm e moças ≥ 80cm) e, pelo menos, mais dois componentes comprometidos: triglicerídeos aumentados (≥ 150mg/dL), HDL-C reduzido (< 16 anos: ambos os sexos < 40mg/dL; ≥ 16 anos: rapazes < 40mg/dL e moças < 50mg/dL), glicemia em jejum elevada (≥ 100mg/dL) e pressão arterial alterada (sistólica ≥ 130mmHg ou diastólica ≥ 85mmHg). Os dados foram tratados estatisticamente mediante análise bivariada e regressão múltipla hierarquizada. Prevalência global de SMet foi de 4,7 [3,6 – 6,0]. Análise multivariada apontou associação significativa entre SMet e idade (OR=1,22 [1,04 – 1,73]), classe econômica (OR=1,25 [1,07 – 1,96]) e escolaridade de pais/tutores (OR=1,24 [1,03 – 1,94]). Entre fatores comportamentais, maior tempo de tela (OR=1,26 [1,05 – 1,94]) e baixo consumo de frutas/hortaliças (OR=1,49 [1,23 – 2,41]) mostraram-se independentemente associados à SMet. Da mesma forma, excesso de peso corporal (OR=1,52 [1,24 – 2,41]) apresentou associação significativa com o desfecho. Concluindo, achados do estudo sugerem que políticas e intervenções destinadas aos programas de educação em saúde nos contextos escolar e familiar, devam incluir componentes que se concentram na tentativa de reduzir a incidência de SMet.