Potencial do silício e sombreamento em induzir a tolerância e recuperação de mudas de Eugenia myrcianthes Nied. (Myrtaceae) ao estresse hídrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Foresti, Andressa Caroline lattes
Orientador(a): Scalon, Silvana de Paula Quintao lattes
Banca de defesa: Santos, Cleberton Correia lattes, Santos, Silvia Correa lattes, Junglos, Fernanda Soares lattes, Costa, Edilson lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Agronomia
Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5270
Resumo: O plantio de espécies florestais nativas para enriquecimento de florestas e recuperação de áreas degradadas ainda é limitado pela falta de informações sobre as condições ótimas de produção e desempenho de mudas. Algumas plantas sob baixa condição hídrica, em função de irregularidade de precipitações, podem ficar suscetíveis a danos morfofisiologicos. Por outro lado, o excesso de água, por determinados períodos, torna-se um agravante para as espécies que não são adaptadas a ambientes alagados. Diante da degradação do Cerrado, aliado às mudanças climáticas, estudos sobre a produção de mudas nativas, associados a metodologias que permitam a sobrevivência dessas mudas em condições adversas do clima, tornam-se necessários e poderão viabilizar projetos de restauração de áreas degradadas. Considerando a importância da Eugenia myrcianthes para o bioma do Cerrado, objetivou-se com este trabalho avaliar potencial de recuperação do metabolismo fotossintético, enzimático e do crescimento das mudas submetidas a condiçoes de estresse hídrico. Foram conduzidos dois experimentos. No primeiro experimento avaliou-se as respostas da espécie exposta a diferentes niveis de sombreamento em mitigar o defict hídrico. Para o estudo do sombreamento as mudas foram submetidas a dois regimes hídricos (irrigação contínua e suspensão da irrigação) aliado a três níveis de sombreamento (0, 30 e 70%) e avaliações em quatro períodos: T0 - início das avaliações e posterior suspensão da irrigação; F0 - quando a taxa fotossintética das mudas de algum nível de sombreamento, submetidas à suspensão da irrigação, alcançou valores próximos a zero, com posterior reirrigação; Rec - quando a taxa fotossintética das mudas que tiveram a irrigação suspensa e foram reirrigadas, alcançou valores semelhantes ao das plantas controle e FINAL para avaliar o desenvolvimento das mudas após a recuperação o que ocorreu 92 dias após a recuperação. No segundo experimento, foi avaliado o efeito do silício em mudas submetidas a flutuação hídrica (deficit hidrico e alagamento) após a suspensão do estresse. As mudas foram separadas em seis grupos baseando-se nos seguintes regimes hídricos: Irrigação contínua – I: 75% da capacidade de retenção de água no substrato, Estresse hídrico – E: suspensão da irrigação e posterior alagamento. Os regimes hídricos foram associados a três concentrações de silício: 0; 2 e 4 mmol L-1. As mudas foram avaliadas em cinco períodos: Tempo zero (T0) - início das avaliações e suspenção da irrigação; Primeira fotossíntese zero sob déficit hídrico (1ª F0); Primeira recuperação – (1 ª Rec); Segunda fotossíntese zero sob alagamento (2ª F0); Segunda recuperação (2ª Rec). As mudas de E. myrcianthes são sensíveis tanto ao déficit hídrico, quanto ao pleno sol, os quais prejudicam o desenvolvimento das mudas, danificando o metabolismo fotoquímico e bioquímico da fotossíntese, aumentando a atividade enzimática antioxidante, reduzindo o crescimento da raiz e a qualidade das mudas. Entretanto, o sombreamento de 30% mitigou os efeitos estressantes do déficit hídrico e favoreceu a mais rápida recuperação de algumas características. A aplicação do silício nas concentrações de 2 mmol L-¹ mitigou o efeito do estresse hídrico, favorecendo o desenvolvimento das mudas e a tolerância à flutuação hídrica, embora algumas características avaliadas se recuperam independente da presença do silício. Esses resultados sugerem que essa espécie possui plasticidade fisiológica que facilita o ajuste às condições estressantes do meio ambiente nessa fase de crescimento.