O Comportamento de defesa das abelhas africanizadas (Hym.: apidae) e sua relação com a variação na quantidade de veneno produzido pelas operárias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Carvalho, Rita Maria Mattoso Colman lattes
Orientador(a): Alves Júnior, Valter Vieira lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/851
Resumo: O cruzamento das abelhas africanas com as europeias resultou num híbrido altamente defensivo no Brasil. A glândula ácida e o aparelho ferroador são estruturas diretamente envolvidas no desenvolvimento do comportamento de defesa das abelhas, por serem responsáveis pela produção e a injeção do veneno. O comportamento defensivo foi decomposto nas variáveis: “tempo para ocorrer a primeira ferroada; tempo para as abelhas se enfurecerem; distância de perseguição e número de ferrões deixados no inimigo artificial” e avaliado de acordo com metodologia relatada na literatura usual. As variações morfológicas na glândula de veneno, que são consideradas de origem genética, e influenciam diretamente na quantidade de veneno produzido, foram analisadas Pará verificar se também poderiam influenciar no comportamento de defesa das abelhas africanizadas , correlacionando com o peso de veneno seco. Os resultados mostraram que em relação ao comprimento do ducto principal da glândula (CDP), houve uma variação de 5,8 ± 1,7mm a 9,6 ± 3,5mm. Para o comprimento da ramificação extra (CR), quando presente, a variação foi de 0,1 ± 0,1mm a 1,0 ± 0,1 mm e para o comprimento glandular total (CDP + CR) = (CGT), 6,0mm a 11,0mm. A frequência de ramificações variou de 0% nas colmeias 2, 4 e 8 até 93,3%. Para o comportamento defensivo, decomposto nas variáveis: “tempo para ocorrer a primeira ferroada; tempo para as abelhas se enfurecerem; distância de perseguição e número de ferrões deixados no inimigo artificial”, observou-se para primeira variável, que 70% das colônias analisadas apresentaram-se com grande capacidade defensiva, já para a segunda variável, 50% delas apresentaram-se mais defensivas, enquanto que para a terceira, foram 50% das colônias e para o número de ferrões 50% delas foram mais eficientes nessa variável. Das variáveis comportamentais correlacionadas com a quantidade de veneno produzido (peso seco), a tempo para as abelhas enfurecerem foi significativa, enquanto que as demais, tempo para primeira ferroada, distância de perseguição ao observador e número de ferrões deixados na bolinha, não apresentaram resultados significativos, estando de acordo com o desenvolvimento sequencial do comportamento analisado nas abelhas africanizadas da região de Dourados-MS. Considerara-se que as abelhas africanizadas da região apresentam um comportamento defensivo, ainda muito semelhante àqueles que as abelhas africanas apresentavam, quando introduzidas no país.