Efeito do conforto térmico na produção de própolis verde em colônias de abelhas africanizadas no semiárido nordestino
Ano de defesa: | 0028 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
CCA
Brasil Centro de Ciências Agrárias UFERSA Universidade Federal do Rural do Semi-Árido Programa de Pós-Graduação em Produção Animal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://lattes.cnpq.br/6026127342716205 http://lattes.cnpq.br/3233229872213111 http://lattes.cnpq.br/1513788078026004 https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/11573 |
Resumo: | As abelhas Apis mellifera utilizam a própolis para proteção contra intempéries climáticas e para a promoção da saúde da colônia. Na região semiárida do nordeste brasileiro, um novo tipo de própolis vem chamando a atenção de apicultores e pesquisadores a própolis verde da jurema preta (Mimosa tenuiflora) ou própolis verde do sertão. A planta jurema preta é uma espécie caracterizada por apresentar alto grau de resistência à seca e a sua própolis tem apresentado um potencial biológico promissor, como consideráveis níveis de flavonoides e substâncias fenólicas totais. No entanto, pouco se sabe sobre a produção das colmeias, sobre os fatores que podem interferir na produção, a melhor forma de manejo bem como a influência do estresse térmico na produção. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do conforto térmico na produção de própolis verde em colônias de abelhas africanizadas (Apis mellifera) no semiárido nordestino. As colmeias foram distribuídas em duas condições distintas: estresse térmico e conforto térmico, onde tiveram os dados de temperatura e umidade interna monitorados através de dataloggers. A sanidade das abelhas também foi avaliada, através da análise do comportamento higiênico e da infestação pelo ácaro Varroa destructor. Houve diferença estatística significativa (P<0,05) entre as médias de temperatura e umidade interna para as abelhas mantidas em estresse térmico e em conforto térmico. Para a produção de própolis, houve diferença significativa entre os tratamentos (W=1108,5, p-Valor=0,01613), sendo que, para as abelhas em conforto térmico a produção foi maior. O comportamento higiênico, independente dos tratamentos empregados, foi igual ou superior a 89%, não havendo diferença significativa entre CH por tratamento (W = 357.5, p-Valor = 0.1508). Não houve diferença significativa entre V. destructor por tratamento (W = 967, p-Valor = 0.1757) e na infecção de Nosema sp. (W=416, p-Valor =0.6162). Não houve correlação significativa entre a produção de própolis e o comportamento higiênico. Não houve correlação significativa entre a produção de própolis e a infestação por Varroa destructor. Os esporos de Nosema sp. foram encontrados em todos os tratamentos em um nível muito baixo. Pode-se concluir que apesar das temperaturas internas das colônias de abelhas que estavam em conforto térmico terem sido inferiores, quando comparadas a temperatura das colônias que estavam em estresse térmico, todas as colônias de abelhas do estudo conseguiram manter suas temperaturas dentro da faixa considerada ótima. O conforto térmico trouxe uma resposta positiva na produção de própolis tendo as colônias produzido 36% a mais do que as colmeias que estavam em estresse térmico, evidenciando que o estresse influencia não somente em fatores fisiológicos e comportamentais, mas também em aspectos relacionados a produção de própolis o que age diretamente na imunidade social, visto que as abelhas utilizam seus compostos para a defesa da colônia contra invasores e patógenos |