Seletividade e criminalização secundária de indígenas na região de fronteira: uma perspectiva criminológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cordazzo, Karine lattes
Orientador(a): Preussler, Gustavo de Souza lattes
Banca de defesa: Swensson Junior, Lauro Joppert lattes, Barros, Rodolfo Arruda Leite de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Fronteiras e Direitos Humanos
Departamento: Faculdade de Direito e Relações Internacionais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/960
Resumo: A presente dissertação propõe, através de uma perspectiva criminológica, especialmente da criminologia crítica, levantar o debate acerca da seletividade e criminalização secundária de indígenas, mas, sobretudo, como as agências de criminalização, oficiais e subterrâneas, são orientadas para o massacre e para à manutenção de um sistema de castas etnicamente considerado. Em verdade, os indígenas figuram como um dos principais alvos desse massacre em conta-gotas, desta forma, sendo os cadáveres a única realidade, o atual sistema de justiça criminal nada mais tem feito do que gerenciar e controlar estes corpos despossuídos. Por fim, o estigma étnico equivale hoje ao estigma da criminalidade. A somatória de vários fatores como ser homem, jovem e indígena se tornou a fórmula ideal para a discriminação, possibilitando, assim, que indígenas sejam considerados suspeitos, detidos, interrogados e até sentenciados pelo simples fato de ter o estigma étnico que agora se transformou no estigma criminal. Cometeram um único crime, o crime de ser indígena, o pária social da pós-modernidade.