“Com quantos tapas se faz uma mulher?”: violências incapacitantes, impotência do/as profissionais e tramas na rede de atendimento à mulher em Dourados, MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Veron, Maelly da Silva lattes
Orientador(a): Faisting, André Luiz lattes
Banca de defesa: Farias, Marisa de Fátima Lomba de lattes, Yamin, Giana Amaral lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Sociologia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1537
Resumo: O objetivo do presente trabalho foi compreender a lógica de funcionamento da Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência no Município de Dourados, Mato Grosso do Sul. Nesse sentido, focou-se nas parcerias entre as instituições e os serviços (especializados ou não) que fazem parte desta rede que atua no enfrentamento à violência contra a mulher. O trabalho se justificou ainda pela oportunidade de acompanhar o momento de consolidação da mencionada Rede, com a criação do documento intitulado Termo de Cooperação da Rede de Atendimento a Mulher em Condição de Violência do Município de Dourados, com o intuito de regulamentar e formalizar as parcerias entre as instituições e serviços nessa área. Para tanto, utilizou-se um diário de campo para registro dos encontros entre os/as representantes das instituições e dos serviços que integram a Rede. Essas reuniões foram acompanhadas no período de abril de 2014 a agosto de 2015. Para análise desse documento foram tomados como referência a Política Nacional de Enfrentamento a Violência contra as Mulheres (2007) e a Lei 1.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha. Além disso, também foram aplicados questionários e realizadas entrevistas semi-estruturadas com os/as profissionais das diversas instituições que integram a Rede. Entre outros resultados, constatou a existência de um sentimento de impotência por parte dos/as profissionais que atum na Rede. Ao mesmo tempo, a falta de uma perspectiva de gênero na atuação desses agentes dificulta a compreensão e o encaminhamento das demandas, o que contribui para a reincidência da violência. Logo, concluímos que tal perspectiva pode alterar a forma de enfrentamento das violências contra as mulheres.