A Escola Mbo’ero Arandu’i da terra indígena Jarará, no município de Juti, MS: uma etnografia da teia de relações estabelecidas entre sistema de ensino, comunidade indígena e poderes públicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Leite, Marlene Gomes lattes
Orientador(a): Pereira, Levi Marques lattes
Banca de defesa: Ramos, Antônio Dari lattes, Nascimento, Adir Casaro lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Antropologia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1142
Resumo: Esta dissertação apresenta uma etnografia da rede de relações estabelecidasentre a escola indígena Mbo‟ero Arandu‟i, localizada na aldeia Jarará, município de Juti, a comunidade indígena local, composta pelas famílias extensas kaiowá e guarani, e os poderes públicos envolvidos nos programas e práticas escolares. O conceito de rede, aqui abordado, inspira-se nas reflexões feitas por Bruno Latour, sobre Teoria-Ator-Rede, das quais a antropologia vem se apropriando recentemente. Nesse sentido, o trabalho mostra os resultados da pesquisa desenvolvida com a comunidade indígena da referida aldeia e com os profissionais da educação escolar do município de Juti, tendo como propósito compreender a perspectiva dos sujeitos sociais envolvidos na rede de relações políticas e nas práticas escolares desenvolvidas em torno da escola Mbo‟ero Arandu‟i. Assim, a pesquisa discorre sobre a criação dessa escola dentro dos limites da terra indígena, situando as transformações que a comunidade vem passando ao longo do tempo, devido a fatores que poderiam ser ditos como internos à comunidade - como a recomposição política das parentelas - e externos, como os vínculos construídos entre a escola indígena com a secretaria de educação municipal e com outras instâncias de prestação de serviço, municipais, estaduais e federais. Cabe destacar que o esforço é demonstrar que a ideia de “processos internos” e “processos externos” encontram-se entrelaçados e imbricados na teia de relações que conectam atores que circulam entre a aldeia, a cidade de Juti e um amplo leque de instituições do Estado e da sociedade civil. Assim, a pesquisa procura demonstrar como a escola está conectada a uma ampla e complexa rede de instituições e atores sociais, situando-a como principal “espaço de poder”, como um centro em torno do qual gravita a vida política da comunidade.