Atenção diferenciada à saúde indígena: biopolítica e territorialidades no polo base de Dourados, MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lopes, Danilo Cleiton lattes
Orientador(a): Sathler, Conrado Neves lattes
Banca de defesa: Martins, Catia Paranhos lattes, Becker, Simone lattes, Oliveira, Esmael Alves de lattes, Silva, Ticiane Araújo da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Psicologia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1125
Resumo: A Atenção Diferenciada à Saúde Indígena no Polo Base de Dourados–MS é o tema desta pesquisa desenvolvida no Mestrado em Psicologia, na linha de pesquisas de Processos Psicossociais, na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). O objetivo proposto foi colaborar com as Ciências Psicológicas e da Saúde na potencialização de intervençõespesquisas junto aos povos indígenas. A Atenção Diferenciada à Saúde Indígena (ADSI) é uma das principais diretrizes do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena e funciona como fator de integração ao Sistema Único de Saúde (SUS). Filiada à Cartografia como método, a pesquisa acompanha o processo de Saúde Indígena, a biopolítica, a construção histórica do imaginário colonizador e, consequentemente, as produções de Saúde. Destaca o pensamento decolonial em Saúde, que emerge da diferença e alteridade indígena, do modo de ser Kaiowá e Guaraní e do ethos Terena. Identifica, assim, a relação da biopolítica com a ADSI e as sensibilidades e sutilezas tornadas possíveis pela potência dos pensamentos decolonial e pós-abissal. Analisa a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI), fragmentos de discurso de documentos públicos ligados à gestão da Saúde e outros enunciados das múltiplas territorialidades e fronteiras da Saúde Indígena no intuito de perceber como este modelo de atenção ocorre e quais os seus reflexos. O resultado contém considerações sobre especificidades sócio-histórico-cosmo-culturais e saberes em saúde dos Povos Indígenas, frente à existência majoritária e indiscriminada de dispositivos de saúde indigenista no território analisado, bem como destaca o rompimento dos binarismos e fragmentações do saber-fazer em Saúde e a necessidade da co-presença das diferentes concepções e perspectivas para tornar possível a Atenção Diferenciada que se materializa como uma ecologia de saberes. Assim, mesmo em espaços de sujeição e exercício de poder sobre os corpos e alteridades indígenas, são produzidos espaços-tempos de (r)existências por colaboradores e usuários na constituição de novas superfícies de registro como a saúde-terra.