Biologia comparada de Euschistus heros (Fabr.) E Nezara viridula (L.) (Hemiptera: pentatomidae) em soja Glycine max (L.) e algodoeiro Gossypium hirsutum (L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Azambuja, Rosalia lattes
Orientador(a): Degrande, Paulo Eduardo lattes
Banca de defesa: Vivan, Lúcia Madalena lattes, Oliveira, Harley Nonato de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/837
Resumo: A soja (Glycine max L.) e o algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) são consideradas culturas de grande importância sócio-econômica no Cerrado Brasileiro. Essas culturas são suscetíveis ao ataque de insetos-praga, dentro os quais se destacam o complexo de percevejos fitófagos da família Pentatomidae. Na cultura do algodoeiro esses pentatomídeos apresentavam ocorrência eventual e exerciam importância secundária, porém, nas últimas safras houve aumento na frequência e intensidade desses insetos nas lavouras de algodão. O objetivo geral desta pesquisa foi determinar a influência de estruturas reprodutivas do algodoeiro sobre os aspectos biológicas dos pentatomídeos Euschistus heros (Fabr.) e Nezara viridula (L.) (Hemiptera: Pentatomidae) em comparação com a soja. Os experimentos foram conduzidos em sala climatizada [25 ± 1ºC, (UR) de 60 ± 10% e fotofase de 14 horas], no Laboratório de Entomologia Aplicada da Faculdade de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Grande Dourados, em Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil. Os alimentos testados foram: dieta padrão (vagem de feijão Phaseolus vulgaris L., amendoim cru Arachis hypogaea L. e frutos de ligustro Ligustrum lucidam T.), semente de soja, vagem de soja, semente de algodoeiro, maçã de algodoeiro e botão floral de algodoeiro. Os aspectos biológicos avaliados foram: período de desenvolvimento ninfal, duração de cada ínstar, porcentagem de sobrevivência, peso dos adultos na emergência, longevidade de machos e de fêmeas, período de préoviposição e de oviposição, número total de ovos por fêmea e fecundidade das fêmeas. Observou-se que o desenvolvimento e a sobrevivência das ninfas, o peso e a reprodução dos adultos de E. heros alimentados com maçã e semente de algodoeiro foram inferiores em comparação com a soja. O botão floral de algodoeiro não permitiu o desenvolvimento das ninfas e a reprodução dos adultos de E. heros. As estruturas do algodoeiro causaram elevada mortalidade de ninfas e baixa fecundidade de adultos de E. heros. As ninfas de N. viridula alimentadas com estruturas reprodutiva do algodoeiro morreram no segundo ou no terceiro ínstar. O desenvolvimento de ninfas de N. viridula foi melhor em soja que em algodoeiro. Adultos alimentados com botão floral e semente de algodoeiro não se reproduziram. Adultos de N. viridula se reproduzem quando alimentados com maçã de algodoeiro, no entanto, não há desenvolvimento das ninfas neste alimento. O algodoeiro se mostrou um hospedeiro alternativo inadequado para o desenvolvimento e reprodução de E. heros, possivelmente o percevejo-marrom esteja dispersando para esta planta apenas ocasionalmente e em busca de abrigo. De maneira geral, estas informações são importantes por aumentar a possibilidade de sucesso no manejo das populações de E. heros e N. viridula em soja e principalmente em algodoeiro, uma vez que, existe a possibilidade de que ao longo do tempo ocorra uma adaptação destes pentatomídeos a este novo hospedeiro.