Interações biológicas entre Trissolcus urichi (Hymenoptera: Scelionidae) e Ooencyrtus submetallicus (Hymenoptera: Encyrtidae) em ovos de Nezara viridula e Chinavia pengue (Hemiptera: Pentatomidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Faca, Eduardo Carvalho lattes
Orientador(a): Pereira, Fabricio Fagundes lattes
Banca de defesa: Rossoni, Camila lattes, Viana, Cácia Leila Tigre Pereira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1280
Resumo: O estudo da interação entre parasitoides e hospedeiros é uma importante etapa para o processo de multiplicação de parasitoides em condições laboratoriais. Os objetivos deste trabalho foram avaliar os efeitos das diferentes idades de fêmeas de Ooencyrtus submetallicus (Howard, 1897) (Hymenoptera: Encyrtidae) e de Trissolcus urichi (Crawford, 1913) (Hymenoptera: Scelionidae) sobre sua reprodução em ovos de Nezara viridula (Linnaeus, 1758) (Hemiptera: Pentatomidae); verificar a influência da idade de ovos de N. viridula no desempenho biológico de O. submetallicus e T. urichi; verificar a competição entre O. submetallicus e T. urichi por ovos de N. viridula e analisar a potencialidade de Chinavia pengue (Rolston, 1983) (Hemiptera: Pentatomidae) e N. viridula como hospedeiros alternativos de T. urichi em condições laboratoriais. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Controle Biológico de insetos (LECOBIOL) da Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais (FCBA), da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), em Dourados, Mato Grosso do Sul. Em todos os estudos foram avaliadas a porcentagem de parasitismo, a porcentagem de emergência, a duração do ciclo de vida (dias), a progênie (indivíduos por ovo), a razão sexual e a longevidade (dias). No primeiro estudo, foram avaliadas idades de 24, 48, 72, 96, 120 ou 144 horas de fêmeas de O. submetallicus e T. urichi em ovos de N. viridula com 24 horas de idade. Também foram avaliadas as idades de 24, 48, 72, 96, 120 ou 144 horas de ovos de N. viridula para criação de O. submetallcus e T. urichi. Fêmeas de O. submetallicus de todas as idades parasitaram e se reproduziram em ovos de N. viridula, sendo 120 e 144 horas as melhores idades para a criação desse parasitoide. Fêmeas de T. urichi de todas as idades parasitaram, mas não se desenvolveram em ovos de N. viridula. O. submetallicus parasitou e se desenvolveu em ovos de N. viridula de todas as idades. Fêmeas de T. urichi realizaram parasitismo, porém emergiram apenas 7 indivíduos. No segundo estudo, foi avaliada a competição de fêmeas de O. submetallicus com 120 horas e T. urichi com 96 horas de idade em ovos de N. viridula. O parasitoide O. submetallicus foi dominante em parasitar e se desenvolver em ovos de N. viridula. No terceiro estudo, foram comparadas as características biológicas de T. urichi em ovos de N. viridula e C. pengue. Com base na metodologia utilizada e nos resultados obtidos, C. pengue é o melhor hospedeiro para a multiplicação do parasitoide T. urichi. As fêmeas de O. submetallicus são dominantes sobre as fêmeas T. urichi competindo por ovos de N. viridula e necessitam de até 144 horas para amadurecerem seus óvulos. O percevejo C. pengue é viável para multiplicação alternativa de T. urichi.