Torta de crambe na alimentação de bovinos em pastejo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Patussi, Rosielen Augusto lattes
Orientador(a): Goes, Rafael Henrique de Tonissi e Buschinelli de lattes
Banca de defesa: Oliveira, Euclides Reuter de lattes, Branco, Antonio Ferriani lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Zootecnia
Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/747
Resumo: Objetivou-se por meio deste trabalho avaliar parâmetros nutricionais como: consumo de matéria seca total, parâmetros ruminais e sanguíneos, balanço de compostos nitrogenados em novilhos suplementados com torta de crambe em substituição ao farelo de soja; bem como avaliar a qualidade da forragem Brachiaria brizantha cv Marandu, Utilizou-se cinco novilhos machos, castrados, providos de cânula ruminal, desvermifugados com peso médio de 526 kg. Os animais foram mantidos em piquetes individuais de B. brizantha cv Marandu, em delineamento quadrado latino 5x5. Os suplementos avaliados foram isoprotéicos (180 g/kg de proteína) e foram fornecidos na quantidade de 8 g/kg de peso vivo por dia, sendo o farelo de soja substituído nas proporções de 0; 2,5, 5; 10 e 15%, pela torta de crambe. Para avaliação da degradabilidade in situ dos suplementos, os mesmos foram acondicionados em saquinhos de tecido não-tecido (TNT -100 g/m2) de tamanho de 5,0 x 5,0 e incubados no rúmen dos animais nos tempos de 48, 24, 12, 6, 3 e 0 h. Para se avaliar os parâmetros ruminais, (pH, amônia ruminal (N-NH3) e ácidos graxos de cadeia curta), foram coletadas amostras de líquido ruminal antes do fornecimento de suplemento e 2, 4, 6 e 8 horas após a suplementação. O consumo de matéria seca (CMS) foi estimado através do uso de um indicador externo (dióxido de titânio), durante dez dias e de um indicador interno (FDAi), obtido após 144h de incubação in situ. As amostras de fezes foram coletadas durante cinco dias às 6, 8, 10, 12, 14, 16 e 18h00min para determinação pra fluxo fecal. As coletas de urina foram realizadas na forma “spot”, quatro horas após o fornecimento do suplemento, para determinação de creatinina, nitrogênio total, derivados de purina, e para estimar a síntese de proteína microbiana e o balanço de compostos nitrogenados. As amostras de sangue foram coletadas por punção da veia jugular e foram utilizados tubos Vacutainer® com heparina. Do plasma resultante foram determinados níveis de uréia e creatinina plasmática por colorimetria através do kit comercial (Gold Analisa®). A coleta da forrageira ingerida pelos animais (extrusa) foi realizada através do esvaziamento ruminal no 15° dia experimental, após jejum de sólidos por 12 horas. A substituição em até 15% do farelo de soja pela torta de crambe no suplemento altera a composição bromatológica dos suplementos, mas não influencia na digestibilidade in vitro da matéria seca. Os concentrados apresentaram média degradabilidade efetiva da matéria seca (MS) e proteína bruta (PB) e baixa degradabilidade para a fibra em detergente neutro (FDN). A torta de crambe aumenta o consumo de suplemento, no entanto, este é consumido mais lentamente à medida que se aumenta a concentração de torta; sem alterar o consumo total de matéria seca e a digestibilidade total dos nutrientes. A suplementação com níveis crescentes de torta de crambe teve efeito direto entre o pH e a concentração de nitrogênio amoniacal ruminal. Uma vez que os maiores valores de N-NH3 foram observados no mesmo intervalo de tempo em que o pH se encontrava mais ácido. A torta de crambe reduziu a concentração dos ácidos graxos de cadeia curta do líquido ruminal em até 6 horas após ingestão do concentrado. A torta de crambe apresentou degradação ruminal para MS e PB superior que o farelo de crambe e a torta moída em peneira de crivo de 1 e 3 mm apresentou as maiores degradabilidades para PB e FDN. A torta de crambe aumentou a uréia plasmática, no entanto não alterou, o consumo de N ingerido, as excreções de uréia e creatinina, a concentração de alantoína, derivados de purina, purinas absorvidas, nitrogênio microbiano, proteína bruta microbiana (PBmic) e eficiência microbiana (Emic), dos animais. A inclusão da torta de crambe alterou a excreção de N urinário, sem alterar o N fecal, proporcionando um balanço de nitrogênio positivo.