Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Cristiane Almiron Batista de
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Orientador(a): |
Damiani, Claudia Roberta
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Banca de defesa: |
Candido, Liliam Silvia
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Santos, Silvia Correa
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Biologia Geral/Bioprospecção
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/699
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Resumo: |
As espécies da família Annonaceae podem ser propagadas por sementes e por métodos vegetativos. Entretanto, a maioria das espécies desta família apresenta inibição da germinação, resultado da dormência imposta pela presença de substâncias inibidoras, as quais retardam o processo de germinação, que geralmente acontece de forma irregular inviabilizando a produção de mudas de forma homogênea. Uma das alternativas para sua propagação consiste na reprodução assexuada via clonagem in vitro ou micropropagação. O presente trabalho teve como objetivo principal estabelecer um protocolo para assepsia e estabelecimento in vitro de explantes caulinares de duas espécies de anonáceas (Annona crassiflora Mart. e Annona squamosa L.), utilizando a micropropagação para a produção de mudas. O material vegetal utilizado foi obtido de ramos vegetativos jovens coletados de plantas encontradas em áreas de Cerrado da região de Campo Grande e de Dourados (Mato Grosso do Sul). Foram realizados dois experimentos com Annona crassiflora Mart. e três experimentos com Annona squamosa L.. Experimento1: Efeito do tempo de exposição (10; 15 e 20 minutos) e do desinfestante (hipoclorito de cálcio e hipoclorito de sódio a 2,5%) no estabelecimento in vitro de Annona crassiflora; Experimento 2: Efeito do tipo de meio de cultura (WPM e MS) e do pH de cultivo (5,2; 5,4 e 5,8) no estabelecimento in vitro de Annona crassiflora; Experimento 3: Efeito do tempo de exposição (10; 15 e 20 minutos) e do desinfestante (hipoclorito de cálcio e hipoclorito de sódio à 2,5%) no estabelecimento in vitro de Annona squamosa; Experimento 4: Efeito de diferentes concentrações no tratamento com cloreto de mercúrio (0,0 - controle; 0,025; 0,050; 0,075 e 0,100 %) no estabelecimento in vitro de Annona squamosa; Experimento 5: Efeito de diferentes concentrações de peróxido de hidrogênio (10; 20; 30 e 40%) adicionado ao hipoclorito de sódio (2,5%) na desinfestação dos explantes no estabelecimento in vitro de Annona squamosa. As avaliações foram realizadas de forma sequencial aos 7; 14 e analisados aos 28 e/ou 56 dias. As variáveis analisadas foram: porcentagem de contaminação bacteriana, porcentagem de contaminação fúngica, porcentagem de explantes oxidados e porcentagem de explantes estabelecidos in vitro (considerando estabelecidos aqueles que emitiram brotações). A partir dos resultados obtidos foi possível concluir que, durante o estabelecimento in vitro de A. crassiflora, a desinfestação com hipoclorito de sódio apresenta maior eficiência no controle da contaminação bacteriana, enquanto que, para a mesma variável, 15 minutos de exposição ao agente desinfestante reduz em aproximadamente 50% a contaminação dos explantes, independentemente do tipo de hipoclorito (cálcio ou sódio). Em pH de cultivo 5,8, os explantes cultivados em meio MS apresentam menor oxidação, já em pH 5,4 observou-se menor oxidação em meio WPM. Para o estabelecimento in vitro da A. squamosa, quanto maior o tempo de exposição ao hipoclorito de sódio, menor a contaminação fúngica, sendo o inverso observado na desinfestação com hipoclorito de cálcio. Os tratamentos com hipoclorito de sódio e cálcio não foram eficientes no controle da contaminação bacteriana e não influenciaram na oxidação dos explantes. Com relação ao uso de diferentes concentrações de cloreto de mercúrio na desinfestação dos explantes em A. squamosa, a concentração de 0,075%, foi a que apresentou maior redução da contaminação bacteriana, porém, nenhuma das concentrações testadas foram eficientes no controle da contaminação fúngica. Em A. squamosa, a desinfestação dos explantes com diferentes concentrações de peróxido de hidrogênio e adicionado ao hipoclorito de sódio, bem como, o tratamento controle somente com hipoclorito de sódio, não apresentaram diferenças entre os tratamentos para as variáveis contaminação fúngica, bacteriana e oxidação dos explantes. No entanto, em todas as concentrações testadas observou-se um número elevado de explantes estabelecidos (25%). |