Turismo e turismo de natureza em Mato Grosso do Sul: proposição de um zoneamento turístico a partir do geossistema

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Eichenberg, Fábio Orlando lattes
Orientador(a): Silva, Charlei Aparecido da lattes
Banca de defesa: Berezuk, André Geraldo lattes, Moretti, Edvaldo Cesar lattes, Furlan, Sueli Angelo lattes, Verdum, Roberto lattes, Salinas Chavez, Eduardo lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Geografia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1176
Resumo: Mato Grosso do Sul é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Localiza-se no sul da Região Centro-Oeste. Limita-se com cinco estados brasileiros: Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, São Paulo e Paraná; e dois países sul-americanos: Paraguai e Bolívia. Sua população estimada é de 2.62 milhões de habitantes, em sua maioria vivendo na capital do Estado, Campo Grande. Sua extensão territorial é de 357.100 km². Limita-se a oeste pela bacia hidrográfica do rio Paraguai e ao sul pela bacia hidrográfica do rio Paraná, limitadas pelas serras da Bodoquena e de Maracajú respectivamente, que e marcam a divisão das águas e da paisagem no Estado. O turismo é a segunda atividade econômica mais importante, tendo em vista o aporte de investimentos realizados pelo governo do Estado. Destacam-se os municípios de Jardim, Bonito e Bodoquena e Corumbá e Miranda como sendo destinos prioritários, ressalvando-se, no entanto, que esse trabalho destaca que as paisagens de interesse vão alem dos lugares turísticos citados. Frente a isso, a espacialização e a especialização das paisagens e sua potencialidade para o turismo de natureza no estado denota a importância da pesquisa desenvolvida nessa tese. Os objetivos foram definidos, visando identificar e compreender a organização das paisagens, resultantes dos geossistemas do estado, propondo hierarquizá-los e zoneá-los para o turismo de natureza, esse observado de maneira geral. Já com os objetivos específicos julgou-se capaz: identificar na paisagem do Mato Grosso do Sul, por meio de trabalhos de as áreas potenciais para o turismo de natureza e por meio da caracterização dos geossistemas e, dessa forma, propor um zoneamento das unidades de paisagem para o Mato Grosso do Sul em função da potencialidade da paisagem para uso no segmento de turismo de natureza e, por fim, definir cenários possíveis de especialização da paisagem para o turismo de natureza. A revisão de literatura sobre as temáticas de interesses – turismo, paisagens, unidades de paisagens e zoneamento - auxiliaram na definição do método de análise da paisagem como sendo sistêmico e os resultados estão apresentados na forma de unidades de paisagem totalizando nove, identificadas como sendo: unidade de paisagem Serra da Bodoquena, unidade de paisagem Baixo Pantanal, unidade de paisagem Chaco, unidade de paisagem Depressão do Miranda, unidade de paisagem Alto Pantanal, unidade de paisagem Sucuriú – Aporé, unidade de paisagem Serra de Maracaju, unidade de paisagem Iguatemi e unidade de paisagem Várzeas do Rio Paraná. Os resultados ainda apontam que o turismo de natureza nessas unidades ocorre em pequenos fluxos, à exceção das unidades de paisagem Serra da Bodoquena e Baixo Pantanal, entretanto, destaca-se a existência de potencial turístico em todas as demais unidades de paisagem com fluxos turísticos esparsos. Para chegar nesse quantitativo representando as paisagens do estado, foram realizados vinte trabalhos de campo, percorrendo estradas estaduais e rodovias federais que circundavam grandes fragmentos homogêneos da paisagem e que foram utilizados como referenciais para os estudos em gabinete desenvolvidos entre os anos de 2015 e 2017. Essa verificação in loco, foi fundamental para a montagem do banco de dados de imagem e dados de campo, por meio de técnicas derivadas em anotações, fotografia, pontos de amostragem e identificação das características físicas da paisagem – estrutura, forma e função - e seu grau de homogeneidade dentro de cada unidade de paisagem analisada, sugerindo ao final a potencialidade para o turismo de natureza e sua especialização. Por meio do uso de pictogramas de atividades marcadas pelo segmento de turismo de natureza, ficou evidente a complexidade das paisagens do estado. Nesse sentido, a proposição de um modelo de zoneamento fora acertada e garante um banco de dados e informações com nível de confiança e georreferenciadas para uso em políticas públicas que visem desenvolver o turismo de natureza com mais propriedade por setores público e privado.