Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Ozório, Letícia
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Orientador(a): |
Bungart Neto, Paulo
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Banca de defesa: |
Dantas, Gregório Foganholi
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Santos, Rosana Cristina Zanelatto
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Medeiros, Márcia Maria de
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Barzotto, Leoné Astride
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Letras
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/2306
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Resumo: |
Na década de 1980, a descoberta do vírus HIV e a consequente epidemia de AIDS causaram grande espanto na população mundial. A falta de amparo científico sobre o assunto resultou na disseminação de um discurso preconceituoso que associava o vírus à homossexualidade a ponto de a AIDS ficar conhecida como “peste gay”, estigma que mais tarde foi ampliado às outras camadas marginalizadas da sociedade, implicando, assim, em um alto nível de discriminação, agravado pela veiculação de informações tendenciosas e pela exploração romanesca sobre o assunto feita pela mídia. Todo esse cenário fez com que a literatura brasileira daquela época se manifestasse de forma um tanto retraída, principalmente quando se tratava dos gêneros autobiográficos. Porém, nadando contra essa corrente, surge o escritor gaúcho Caio Fernando Abreu, com textos de diversos gêneros (romances, contos, crônicas, cartas, etc.), mas de caráter predominantemente intimista, que retratavam a doença de forma emocional e chocante, conquistando muitos leitores e marcando a literatura brasileira dessa época. Tendo o próprio autor vivido a experiência da AIDS na condição de soropositivo, o presente trabalho tem como objetivo investigar as intersecções entre o real e o ficcional, passíveis de serem identificadas em várias esferas textuais experimentadas por Caio Fernando Abreu, e assim reconhecer tais narrativas como autoficções. Para este fim, privilegiamos a análise do conto “Depois de agosto”, publicado em Ovelhas negras (2011); de crônicas publicadas em Pequenas epifanias (2012); além de correspondências reunidas em Caio Fernando Abreu: Cartas (2002). Considerando a autoficção como um termo cunhado por Serge Doubrovsky (1977) a partir da teoria de Philippe Lejeune (1975), cujo conceito ainda se encontra em fase de desenvolvimento, o alicerce teórico aqui utilizado é composto, além destes mencionados acima, por críticos franceses que se engajam em delinear a autoficção, como Colonna (2014), Vilain (2014) e Gasparini (2014). |