Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Faria, Lucas Luis de
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Orientador(a): |
Martins, Catia Paranhos
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Banca de defesa: |
Benites, Tonico
,
Santos, Jenniffer Simpson dos
,
Mota, Juliana Grasiéli Bueno
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Psicologia
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4658
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Resumo: |
Este estudo está situado no Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi) da Universidade Federal da Grande Dourados, no qual, ao habitar terras indígenas, problematizamos os impactos da realidade colonial experienciada pelos Kaiowá e Guarani do Mato Grosso do Sul, a partir das narrativas de movimentos étnicos sociais destes povos, com destaque para Aty Guasu. Para interpelar este cenário utilizamos das produções epistemológicas desobedientes dos Estudos Decoloniais e da Psicologia da Libertação. O primeiro como instrumental crítico à modernidade/colonialidade e seus desdobramentos na América Latina, e o segundo, no apontamento do necessário engajamento da Psicologia com as organizações/perspectivas populares e libertação dos esquemas de pensamento eurocêntricos. Para acessar as narrativas dos Kaiowá e Guarani nos aproximamos dos comunicados publicados pela Aty Guasu na internet, especificamente no blog criado pelo Movimento. Também compõe nosso campo de pesquisa/conhecimento a participação de eventos importantes de autoorganização indígena, tais como as Grandes Assembleias Kaiowá e Guarani, e as caminhadas pelos territórios ancestrais em solidariedade aos povos. As nossas idas aos acampamentos e reservas-aldeias estiveram marcadas pelo engajamento crítico, sensibilidade psicossocial e exercício da escuta descolonizada. Para compreensão dos processos organizativos dos Kaiowá e Guarani sistematizamos o percurso do Movimento Indígena do Brasil e seus enfrentamentos históricos às colonialidades. São os entendimentos e relação entre o Movimento Indígena e a Aty Guasu que nos auxiliam no processo de crítica à colonização, colonialismo e colonialidades. Analisamos as dimensões saúde, violência e resistência ao contexto colonial vivenciado pelos Kaiowá e Guarani, com destaque para as reivindicações e denúncias contidas nos documentos divulgados pela Aty Guasu. Consideramos que as colonialidades são estruturais e estruturantes da intersubjetividade latino-americana, principalmente, na invenção e imposição da inferioridade/desumanização dos povos originários, justificando, assim, a dominação e violência colonial. Nessa conjuntura, as desobediências indígenas, expressas pelos múltiplos modos de organização e práticas, configuram a resistência e (re)existência ancestral em direção a outros mundos possíveis, outras relações, outras psicologias e outras saúdes. |