Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Lacerda, Erasmo Peixoto de
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Orientador(a): |
Perli, Fernando
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Banca de defesa: |
Melo, Rosilene Alves de
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Sales Neto, Francisco Firmino
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Leite, Eudes Fernando
,
Coelho, Fabiano
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em História
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5480
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Resumo: |
Esta tese analisa as representações do cangaceiro Antonio Silvino construídas em Recife-PE, nas duas primeiras décadas do século XX, entrecruzando leituras do tempo relacionadas à jovem República. Em um mesmo espaço e tempo – a capital pernambucana, entre 1900 e 1918 –, olhares para a República foram expostos a partir da figura de um sujeito que vivia da prática de crimes no sertão de Pernambuco e estados vizinhos. Para efetivar a análise das múltiplas vozes, tomamos como objeto as representações construídas na imprensa periódica – os jornais Diário de Pernambuco e A Província – e na literatura – a obra do poeta Leandro Gomes de Barros. Suportes distintos, com suas especificidades, fincados em experiências e expectativas em relação ao regime político vigente, construirão interpretações do real tendo o cangaceiro Antonio Silvino como mote. Evidentemente, estes distintos “olhares” para o cangaço, que acabam por construir a habitual visão dual pautada no bom/mau-bem/mal, são representações deste fenômeno social e, como tal, possibilitam enxergar as sociabilidades daqueles que as produzem e consomem uma determinada forma de pensar e dar a ler uma realidade determinada. Nesse sentido, é analisado periódicos de posições políticas diametralmente opostas, ligados ou contrários à oligarquia estadual dominante, e o uso deliberado da figura do cangaceiro Antonio Silvino por estes, como arma nas disputas políticas estaduais; do mesmo modo, é analisado a literatura de Leandro Gomes de Barros e o uso do cangaceiro como arquétipo de homem ideal, saudoso monárquico e representante de um código moral em vias de desaparecimento frente à modernização apregoada pela República. Diante desse quadro amplo de investigação, buscou-se compreender estes múltiplos olhares para o regime republicano, tendo o cangaceiro Antonio Silvino como personagem de fundo. Defendemos a tese, ao final, de que as experiências e expectativas relacionadas à República dos produtores das representações do cangaceiro Antonio Silvino construíram estas múltiplas visões sobre um mesmo objeto. |