Síntese, caracterização química e efeito larvicida de neutralizações do líquido da casca da castanha de caju técnico com hidróxido de sódio em Aedes aegypti

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Merey, Felipe Mendes lattes
Orientador(a): Barufatti, Alexeia lattes
Banca de defesa: Arruda, Eduardo José de lattes, Nascimento, Hélina dos Santos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências e Tecnologia Ambiental
Departamento: Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5663
Resumo: A utilização de resíduos agroindustriais para a síntese de produtos larvicidas podem ser uma alternativa viável no combate de vetores, além de proporcionar a reutilização de subprodutos de baixo valor agregado. É importante ressaltar que as características apresentadas por esse tipo de produtos os vinculam aos princípios da “Química Verde”. Esses subprodutos (origem vegetal) podem atuar como ovicidas, larvicidas, reguladores de crescimento de insetos, repelentes e até mesmo como atrativos para oviposição. Dentre esses resíduos, podemos destacar o Líquido da Casca de Castanha de Caju técnico (LCCt), obtido no processo de tostagem da castanha de caju, que apresenta comprovada atividade larvicida contra o Aedes aegypti. Entretanto, devido a sua hidrofobicidade o uso do LCCt torna-se inviável para aplicação em focos de água contendo larvas destes mosquitos. Neste contexto, o objetivo desse trabalho foi sintetizar novos bioativos a partir de diferentes porcentagens de neutralizações parciais do LCCt utilizando Hidróxido de Sódio (NaOH) e avaliar a atividade larvicida contra Ae. aegypti. Os bioativos derivados do LCCt foram obtidos por meio de reação de neutralização das hidroxilas fenólicas totais com NaOH. Os bioensaios de toxicidade para determinação da atividade larvicida foram realizados utilizando larvas de Ae. aegypti de 3º e 4º instar da linhagem Rockefeller. A comparação de dados dos bioativos não apresentaram normalidade no teste Shapiro-Wilk, desta maneira, utilizou-se o teste Kruskal-Wallis com posteriori de Dunn, considerando um nível de significância de 0,05. Todos os bioativos avaliados apresentaram atividade larvicida para larvas de Ae. aegypti, considerando que para ambos os períodos de exposição foram observadas CL50 inferiores a 18 mg/L. Quando comparados entre si não apresentaram diferenças significativas, entretanto, o bioativo de 50% apresentou uma CL50 e CL90 de 4,81 e 9,16 mg/L, respectivamente, sendo assim considerado o mais eficaz. Dessa maneira, podemos destacar maior viabilidade no uso do bioativo de 50% para controle do Ae. aegypti, uma vez que, esse bioativo apresentou atividade larvicida, hidrossolubilidade e foi necessário menor quantidade de NaOH para sua formulação, minimizando assim, os possíveis impactos que esta base inorgânica possa acarretar ao meio ambiente.