Sucessão da gestão na agricultura familiar: um estudo de caso no Assentamento Santa Olga no município de Nova Andradina em Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Moreira, Fabiano Greter lattes
Orientador(a): Schlindwein, Madalena Maria lattes
Banca de defesa: Costa, Jaqueline Severino da lattes, Piffer, Moacir lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Agronegócios
Departamento: Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/687
Resumo: A permanência e a continuidade das pequenas propriedades no Brasil, sobretudo na Agricultura Familiar, dentro dos assentamentos rurais, não são apenas um desafio, mas a sobrevivência do campo como história de desenvolvimento rural e social e, ainda, a produção local de alimentos de uma sociedade. A migração do campo para a cidade é uma realidade, pois a busca de melhores condições de rendimentos, de estudos para os mais jovens e a ausência de aptidão pelo campo por parte de alguns produtores geram a não permanência e/ou somente um local de moradia tranquila, sossegada e/ou apenas de descanso nos finais de semana. A pesquisa objetivou analisar a percepção dos agricultores sobre a Sucessão da Gestão na Agricultura Familiar no Projeto de Assentamento (PA) Santa Olga, localizado no município de Nova Andradina, em Mato Grosso do Sul. A metodologia utilizada neste estudo está baseada em um estudo de caso, com coleta de dados por meio da aplicação de questionários aos assentados visitados, totalizando 120 lotes. Os principais resultados mostram que a percepção de sucessão dos assentados do PA Santa Olga sobre a preparação de sucessores nos lotes é pequena e a grande maioria dos produtores ouvidos durante esta pesquisa não realiza nenhuma estratégia de continuidade, as fontes de rendimentos são complementadas com atividades não agrícolas, a carência de assistência técnica rural aos assentados são fatores de descaso pelos órgãos competentes e a ausência de cooperação dos produtores desestimula as organizações coletivas no assentamento. Os discursos dos agricultores familiares se convergem ao tratar sobre a sucessão da gestão na propriedade, pois o processo sucessório define não somente o futuro daquele lote, mas os discursos sociais, culturais e políticos de uma comunidade local.