Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Portolan, Santa Cariaga
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Orientador(a): |
Limberti, Rita de Cássia Aparecida Pacheco
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Banca de defesa: |
Leite, Mário Cezar Silva
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Gonçalves, Adair Vieira
,
Pereira, Maria Ceres
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Letras
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/41
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Resumo: |
Este trabalho propõe uma análise do discurso pedagógico de educadores indígenas que trabalham na Escola Tengatui Marangatu-Polo, localizada na Reserva Indígena de Dourados, Mato Grosso do Sul. A Aldeia é marcada por uma diversidade linguística em seu interior, especificamente na escola, o que gera constantes conflitos e dissonantes discursos, produzidos por sujeitos pertencentes a uma comunidade indígena multiétnica e multicultural: Guarani Kaiowá, Guarani-Ñandeva, Terena (Aruak), e não-índios. Para investigarmos esses discursos tomaremos como corpus de pesquisa as Atas das reuniões pedagógicas da referida escola, situadas entre os anos de 1999 e 2002. O objetivo é compreender o fenômeno ideológico materializado nas Atas. A abordagem dessa materialidade discursiva (Atas) foi norteada pela Análise do Discurso. Como critério de análise utilizou-se como recorte o princípio da formulação (o dito), uma vez que a linguagem tem seus contornos próprios, não sendo um mero reflexo de algo que lhe é exterior. No decorrer do estudo, pode-se perceber que os efeitos do uso da linguagem em uma dada situação não ficam alheios aos problemas internos, ou seja, eles refletem o próprio contexto de produção. O resultado da pesquisa revelou que o discurso no interior da escola mantém-se entre o polêmico e o autoritário, com possibilidades deste último diluir-se no primeiro. Isso mostra que a ação da linguagem dos sujeitos sociais está ligada à cultura, à posição ideológica e à identidade. Por isso, os textos (Atas) são símbolos de identificação e de resistência étnica. Em relação ao funcionamento discursivo na Escola Tengatui, trata-se de um movimento do discurso em que, pela sua natureza – polêmica e autoritária –, flui, continuamente, em uma busca de identidades e de alteridade, na luta de classes dos sujeitos sociais. |