Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Diogo Nolasco da
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Orientador(a): |
Góis, Marcos Lúcio de Sousa
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Banca de defesa: |
Martins, Andérbio Márcio Silva
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Nozu, Washington Cesar Shoiti
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Letras
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4561
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Resumo: |
A presente dissertação está inserida no campo de Estudos de Discursos e objetiva compreender a relação entre um enunciado jornalístico sobre o sujeito indígena de Dourados (Guarani, Kaiowá e Terena), Mato Grosso do Sul, veiculado pela mídia do município, e a história desses povos no cenário local. A problemática proposta é: como as notícias sobre o sujeito indígena são constituídas? Como essas notícias seguem conceitos formando uma rede interdiscusiva de subjetivação do sujeito indígena no imaginário social de parte da sociedade? Para isso, elegeu-se como suporte o jornal on-line O Vigilante e selecionou-se entre suas publicações um acontecimento histórico-discursivo intitulado “Cavalo morre de exaustão após sofrer maus-tratos em Dourados”, publicado em 2017 no referido site. Os fundamentos teóricos e metodológicos estão amparados, sobretudo, em Michel Foucault, que contribuíram para pensar esse sujeito indígena e as relações de poder a que está submetido. Além disso, são utilizados conceitos do linguista Patrick Charaudeau, para quem o discurso de informação estabelece um vínculo social sem o qual não haveria reconhecimento identitário; e a mídia como parte interessada nessa prática social. Esta dissertação fundamenta-se, também, em Dominique Maingueneau, de modo particular, em seu trabalho Análise de textos de comunicação (2013). Espera-se, assim, problematizar a ilusória neutralidade dos discursos jornalísticos, refletir como a imagem do indígena pelo imaginário social é histórica e implica o poder do discurso. Expressa-se, com este trabalho, o desejo de contribuir para a percepção da presença do discurso colonialista em parte dos discursos jornalísticos sobre a comunidade indígena de Dourados, alimentando uma memória e o posicionamento dos leitores das notícias. |