Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Nascimento , Jaqueline Silva
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Orientador(a): |
Vieira, Maria do Carmo
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Banca de defesa: |
Heredia Zárate, Néstor Antonio
,
Dupas, Elisângela
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Ajalla, Ana Cristina Araújo
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Carnevali, Thiago de Oliveira
,
Scalon, Silvana de Paula Quintão
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Agronomia
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Agrárias
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5138
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Resumo: |
Para preservação de plantas medicinais do Cerrado, é essencial seu manejo adequado in situ ou no cultivo ex situ. Dentre as espécies do Cerrado, a Campomanesia adamantium (guavira) tem sido explorada em seu habitat, para consumo dos seus frutos e das folhas, cujas propriedades medicinais são antinflamatórias, andiarreicas e antimicrobianas, o que, somado às queimadas e o desmatamento, levam-na ao risco de extinção. Daí, serem necessários estudos sobre o seu cultivo para a conservação da espécie. Dentre os manejos, o uso de plantas como adubos verdes contribui para o uso adequado dos recursos naturais, maximização do espaço com espécies de diferentes hábitos e o uso de materiais orgânicos. Assim, objetivou-se com este trabalho, avaliar o crescimento e produção das plantas de guavira cultivadas com adubos verdes e a influência nos atributos químicos e microbiológicos do solo. Foi estudada a planta de guavira em solo sob cobertura vegetal com três espécies de adubos verdes perenes: Stylosanthes macrocephala (estilosantes), Pueraria phaseoloides (kudzu tropical) e Calopogonium mucunoides (calopogônio) e uma semi-perene Cajanus cajan (feijão guandu), além das testemunhas vegetação espontânea e solo exposto (capinado). Os seis tratamentos foram arranjados no delineamento experimental blocos casualizados, com quatro repetições. Foram realizados dois cortes dos adubos verdes, sendo o primeiro aos 180 dias após o semeio (DAS), e o segundo, da rebrota, aos 390 DAS. O ciclo de cultivo das plantas de guavira foi de 730 dias após o transplantio. As plantas de calopogônio e vegetação espontânea tiveram maiores massas secas no segundo corte. A concentração de N foi maior nas massas do estilosantes, calopogônio, kudzu tropical e do feijão guandu no primeiro corte e na massa do kudzu tropical, no segundo corte. As plantas de calopogônio teve maior teor de P, no segundo corte. Os adubos verdes, exceto do feijão guandu tiveram maior teor de K no primeiro corte e o maior teor de Ca foi na massa do estilosantes nos dois cortes. O calopogônio e a vegetação espontânea tiveram maior teor de Mg. A massa das plantas de calopogônio teve rápida decomposição e menor tempo de meia vida nos dois cortes. O solo com calopogônio e kudzu tropical teve maior teor de P após o segundo corte. O maior teor de K no solo foi com kudzu tropical no primeiro corte e com feijão guandu e vegetação espontânea, no segundo corte. Após o segundo corte houve maior atuação dos microrganismos no processo bioquímico de decomposição dos resíduos orgânicos, com o aumento do C-BMS e do qMIC e a redução da C-CO2 e do qCO2. As plantas de guavira tiveram maior taxa de transpiração quando cultivadas com feijão guandu e maior condutância estomática e taxa fotossintética com os adubos verdes, exceto com a vegetação espontânea. As maiores eficiência instantânea do uso da água e a eficiência intrínseca do uso da água nas plantas de guavira foram com estilosantes e maior eficiência instantânea da carboxilação com calopogônio e feijão guandu. A máxima taxa fotossintética das plantas de guavira (15,13 µmol m-2 s -1 ) ocorreu aos 483 DAT; a mínima concentração intercelular de CO2 (144,54 µmol mol1 ), aos 392 DAT; a mínima taxa de transpiração (5,79 mmol m-2 s -1 ), aos 82 DAT e mínima condutância estomática (0,22 mol m-2 s -1 ), aos 55 DAT. A máxima eficiência instantânea da carboxilação (0,03 mol m-2 s -1 ) das plantas de guavira ocorreu aos 155 DAT; o mínimo índice de clorofila a (13,25), aos 430 DAT e mínimo índice de clorofila total (19,25), aos 418 DAT. Quanto à concentração de nutrientes das folhas das plantas da guavira, tiveram maior teor de N quando cultivadas com calopogônio e P, com estilosantes, feijão guandu e vegetação espontânea; maior teor de K com todos adubos verdes, exceto com a vegetação espontânea e o solo exposto. A maior altura das plantas de guavira foi com estilosantes e o diâmetro do caule, com calopogônio e estilosantes. A maior massa fresca das folhas foi com calopogônio e maior massa seca com calopogônio e estilosantes. As maiores massas frescas e secas dos caules foram com estilosantes. A área foliar das plantas de guavira foi maior no cultivo com calopogônio. As plantas de guavira responderam positivamente ao uso do adubo verde calopogônio, com aumento da produção de folhas. |