Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Gobbo, Bianchi Agostini
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Orientador(a): |
Ferraz, Claudio Benito Oliveira
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Banca de defesa: |
Goettert, Jones Dari
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Santos, Douglas
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/194
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Resumo: |
Com base em elementos que formam o conceito de natureza de Friedrich Nietzsche, esta dissertação problematiza o sentido geral do conceito de natureza que estrutura os discursos sobre o Pantanal nos livros didáticos de Geografia utilizados no ensino em Mato Grosso do Sul. Os livros didáticos analisados projetam uma imagem de Pantanal como algo belo em si, como parte da natureza ou como recurso natural, no qual se destaca sempre os elementos vegetação, clima, relevo, água, etc. O elemento humano é praticamente inexistente, ou é algo externo que gera impactos ambientais ou explora seus recursos. Essa imagem de pensamento é a mesma criticada por Nietzsche quando ele desconstrói a noção de sujeito universal. É a imagem de mundo construída através do olhar contemplativo, soberano, que acredita estar de posse da verdade. A linguagem conceitual metafísica é a que se utiliza nessa construção. Nesse sentido, acredita-se expressar o Pantanal naquilo que ele possui de essencial, ou seja, a natureza. O que queremos indicar são as características principais desse conceito, a qual reverbera no sentido de natureza pantaneira atualmente presente no imaginário das pessoas: paraíso e recursos naturais. Em ambas o homem não é natureza. Ela é algo exótico e potencialidade de riqueza. O homem, quando faz parte dela, é algo estranho ao sentido usual de humano, que somos nós civilizados e urbanizados. Aí a crítica de Nietzsche se destaca, pois ele vai questionar o que é esse humano, que não existe definição, portanto, não existe essa natureza por nós definida como estranha ou como objeto. |