Institucionalização de políticas de controle à evasão em universidades federais brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos Junior, José da Silva lattes
Orientador(a): Real, Giselle Cristina Martins lattes
Banca de defesa: Jezine, Edineide lattes, Maciel, Carina Elisabeth lattes, Aranda, Maria Alice de Miranda lattes, Perboni, Fábio lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4859
Resumo: A elaboração de políticas de educação superior se depara com questões complexas que dialeticamente se encontram na interlocução entre ações nacionais e institucionais. Como uma das pautas que articula processo de indução da política nacional às ações internas das universidades destaca-se a evasão, mais compreendida no contexto das referidas instituições como a saída do aluno do curso ou da instituição. Embora a sua ocorrência contemple causas diversificadas, há medidas que se fazem importantes de serem formuladas nas iniciativas internas. O objetivo da tese consiste em analisar a institucionalização de políticas de controle à evasão em universidades federais brasileiras com vistas a verificar como se constitui a mobilização interna para a formulação de ações que se atentem aos mecanismos de indução presentes nas políticas educacionais nacionais relacionadas ao fenômeno. O referencial teórico envolve a utilização de discussão inserida na literatura por Kezar (2007) e Kezar e Sam (2013), as quais abordam o processo de institucionalização permeando pelas etapas de mobilização, implementação e institucionalização. Com este escopo, o problema de pesquisa é definido com as seguintes questões: Como e com quais evidências está delineada a institucionalização de políticas de controle da evasão no contexto das universidades federais brasileiras? Como se constitui a mobilização interna para a definição de políticas institucionais que se voltam para o atendimento aos requisitos indutivos presentes na política nacional relacionados à diminuição da evasão? A pesquisa é de cunho qualitativo. Inicialmente, realizou-se análise documental no Plano de Desenvolvimento Institucional e no Relatório de Gestão de trinta e seis universidades federais selecionadas por critérios de tamanho, localização geográfica e Taxa de Conclusão da Graduação. Posteriormente, ao identificar aquelas que criaram programas próprios de controle da evasão, selecionou-se três delas para a realização de procedimento de entrevista com gestores institucionais relacionados à implementação de tais ações, quais sejam: a UFVJM, a UFRB e a Unipampa. Ainda, realizou-se entrevista com docente vinculado à UFG, o qual se encontra inserido na implementação do projeto interinstitucional, e de parceria com o Ministério da Educação, Inteligência Artificial para Auxílio de Ações que Visam à Redução da Evasão no Ensino Superior. Os resultados indicam que não há a efetivação de institucionalização de políticas de controle à evasão no conjunto de universidades analisadas, embora se verifiquem algumas delas adiantando passos no percurso do processo. Argumenta-se que os gestores, especialmente aqueles vinculados aos setores de ensino de graduação, adquirem papel fundamental para a mobilização que configure a institucionalização de políticas internas voltadas para o controle da evasão, processo este que paradoxalmente é passível de rupturas conforme se modifica o quadro de gestores, mesmo que as definições de política nacional, indutivamente, atrelem a ocorrência do fenômeno ao recebimento de recursos pelas universidades. Nesse sentido, o processo de institucionalização de políticas para controle da evasão é induzido pelo órgão gestor central e sua efetividade é dependente de ações de gestores no contexto interno, o que indica para a necessidade de sua apreensão na dialética da relação entre mobilização e decisões locais e a sua configuração no conjunto das políticas nacionais formuladas para o contexto das universidades federais.