Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Souza, João Batista Alves de
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Orientador(a): |
Moretti, Edvaldo Cesar
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Banca de defesa: |
Goettert, Jones Dari
,
Held, Thaisa Maira Rodrigues
,
Santos, Douglas
,
Arruti, José Maurício Paiva Andion
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4498
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Resumo: |
Esta tese tem como objetivo central analisar a existência, as trajetórias e as resistências da Comunidade Quilombola Ribeirinha Família Ozório (AQUIRRIO), da Comunidade Quilombola Ribeirinha Família Campos Correia (AQF2C) e da Comunidade Quilombola Maria Theodora (ACTHEO) no município de Corumbá-MS. Neste trabalho, buscamos elucidar os sinais de resistência, a partir da produção de uma multipolaridade territorial como forma de sobrevivência dessas comunidades frente à carência de ações públicas e a inércia do Estado em relação ao direito à terra voltadas às demandas quilombolas. Além disso, temos como propósito compreender os significados políticos, econômicos, sociais, religiosos e culturais da resistência das comunidades quilombolas, caracterizando a produção de uma multipolaridade territorial como uma alternativa ao modelo imposto pelo capital hegemônico. Em relação aos procedimentos metodológicos, utiliza-se a abordagem qualitativa, no intuito de apreender a realidade vivenciada pelas comunidades quilombolas corumbaenses. Com base nesses métodos, constatamos a produção de multerritorialidades e multipolaridades territoriais nas comunidades quilombolas Família Ozório, Campos Correia e Maria Theodora. Para isso, levamos em consideração o conjunto de lugares produzidos no cotidiano dos núcleos familiares quilombolas e as mobilidades habituais entre os bairros da cidade de Corumbá e as sedes dessas comunidades. Consideramos, ainda, os deslocamentos e os fluxos decorrentes do ciclo de cheias do Rio Paraguai e a inundação do território tradicionalmente ocupado, os deslocamentos entre as Tendas e o Vale dos Orixás e as mobilidades no acesso aos equipamentos e serviços públicos inexistentes nas comunidades quilombolas. Nesse contexto, podemos atribuir à multipolaridade quilombola um processo de sobrevivência e resistência das comunidades sob estudo. Concluímos que a multipolaridade territorial gerou novas trajetórias quilombolas e esse processo está pautado na articulação entre as comunidades, o que gera maior solidariedade entre os núcleos quilombolas, fortalecendo suas lutas no direito à terra e enfatizando a inexistência de políticas públicas. |