Introdução inovadora de biocatalisadores na reação de tia-Michael

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Rizzo, Paula Vanessa Souza lattes
Orientador(a): Domingues, Nelson Luís de Campos lattes
Banca de defesa: Gomes, Roberto da Silva lattes, Rinaldi, Andrelson Wellington lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências e Tecnologia Ambiental
Departamento: Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/869
Resumo: A clássica reação de tia-Michael a qual envolve o átomo de enxofre com o nucleófilo da reação, o nucleófilo geralmente é ativado utilizando-se os ácidos de Lewis. Entretanto, a utilização destes é prejudicial ao meio ambiente. Nesse estudo sistemático analisaram-se as enzimas como ativadores desta reação tendo como objetivo propor uma inovação no tocante ao uso de novos catalizadores para a reação de tia- Michael sem a presença de metais. As enzimas utilizadas como biocatalizadores foram a lipase de pâncreas suíno (PPL), ou seja, a lipase em estado bruto, a Lipozyme® uma lipase imobilizada, a quimosina e a papaína. Testaram-se diferentes solventes como H2O, EtOH, DMSO e THF. Todas as reações foram realizadas à temperatura ambiente no intuito de amenizar os danos ao meio ambiente, diminuindo assim a energia utilizada e se enquadrando em mais um dos princípios da Química Verde. Os resultados observados para a reação entre cinamaldeído e tiofenol em 2 horas para a PPL no solvente EtOH com 70% de rendimento, em 4 horas para a lipozyme® com 69% de rendimento no solvente EtOH, 2 horas para a quimosina com 48% e 40% nos respectivos solventes EtOH e THF demonstraram a eficiência das enzimas como biocatalisadores. No tocante ao reaproveitamento a PPL foi reutilizada em 6 ciclos obtendo o composto esperado com rendimentos consideráveis apenas em 2 ciclos. A reação envolvendo 2-cicloexen-1-ona apresentou bons rendimentos sendo estes para a PPL 76%, Liposyme® 68%, quimosina 70% e papaína 74%. A reação envolvendo a chalcona não apresentou o composto de interesse no solvente EtOH, entretanto no solvente clorofórmio apresentou conversões 14% para a enzima Lipozyme® utilizando 0,04g, 40% de conversão para a enzima Lipozyme® na quantidade de 0,02g de enzima, quimosina com 30% de conversão no solvente THF e a enzima papaína apresentando melhor conversão 51% A comprovação dos dados foi obtido através de análises realizadas pelo CG-MS e FTIR. A biotransformação é uma inovação recente, sendo ainda pouco explorada em reações envolvendo adição tia-Michael e se apresenta como uma opção viável no tocante às questões ambientais.