Distribuição vertical e efeito dos inseticidas fisiológicos no controle de Euschistus heros (F.) (Hemiptera: Pentatomidae) em soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Paula Gregorini lattes
Orientador(a): Ávila, Crébio José lattes
Banca de defesa: Silva, Ivana Fernandes da lattes, Kassab, Samir Oliveira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5176
Resumo: A soja é uma das principais culturas responsáveis por mover a economia do Brasil. Entretanto a cada safra, os produtores vêm enfrentando sérios problemas devido a constante presença de insetos pragas. O percevejo marrom, Euschistus heros, que atualmente, é a principal espécie que ataca a cultura da soja no Cerrado brasileiro, inicia sua colonização no final do período vegetativo ou durante a pré-floração, persistindo até a fase final do período reprodutivo, onde causa severos danos a cultura. Para melhor monitoramento e, consequentemente, controle eficaz da praga é importante o conhecimento do comportamento intraplanta (distribuição vertical) do inseto, bem como a possibilidade do emprego de novos produtos para o manejo em campo. Portanto, o objetivo do trabalho foi, primeiramente, avaliar a distribuição vertical do E. heros, ao longo do dia, no dossel foliar da planta de soja, e verificar o efeito dos reguladores de crescimento de insetos (RCIs), ou inseticidas fisiológicos, visando o controle dessa praga. O estudo da distribuição vertical do percevejo E. heros nos estratos (superior, mediano e inferior) das plantas foi realizado em campo, onde quatorze plantas de soja por metro foram avaliadas aleatoriamente, a cada três horas, no intervalo de tempo entre 5h, 8h, 11h, 14h, 17h e 20h, durante 3 dias não consecutivos, realizando-se em cada estrato a contabilização de todos os indivíduos (ninfas e adultos) encontrados. Os tratamentos consistiram nos três estratos a serem avaliados e as repetições foram o número de plantas (n=14) avaliadas no ensaio, conduzido no delineamento inteiramente casualizado. Os testes com os inseticidas fisiológicos foram conduzidos em condições de laboratório com os produtos lufenuron, teflubenzuron e novaluron, utilizando-se a maior e a menor dose de cada produto e uma testemunha, constituindo o ensaio com sete tratamentos (doses (máx. e mín.) do produto + testemunha (água)) com seis repetições por tratamento. As pulverizações foram realizadas ao ar livre, com pulverizador costal propelido por CO2, com bicos tipo jato cone a uma pressão de 45 libras/pol2 calibrados para 150 L ha1 , onde foram realizadas sobre folhas de papel filtro que foi colocado no interior de bandejas de plástico, onde havia a fonte alimentar (vagem de feijão, grãos de soja, grãos de amendoim, grãos de girassol além de água). Após seca a calda pulverizada sobre as folhas de papel, 14 ninfas de quarto instar do percevejo marrom foram colocadas para locomoção na superfície tratada e, em seguida, avaliou-se ao longo dos dias o número de ninfas mortas, ninfas deformadas, adultos mortos, adultos deformados, número de ovos e longevidade de adultos. Como resultados, foi constatado a presença de ninfas e adultos de E. heros preferencialmente no estrato superior das plantas de soja nos períodos mais quente do dia (11h e 14h), enquanto no estrato mediano a presença foi nos horários de temperaturas mais amenas (5h e 20h). Em relação aos inseticidas fisiológicos testados, novaluron em sua menor dose (20,0 g.i.a./ha), teflubenzuron na maior dose (52,5 g.i.a./ha) e a maior dose de lufenuron (40,0 g.i.a./ha) foram os tratamentos que proporcionaram maior número de adultos deformados. O maior número de ninfas deformadas foi obtido quando submetidos à menor dose do novaluron (20,0 g.i.a./ha) sendo a mortalidade das ninfas significativa em todos os tratamentos, exceto a testemunha. O lufenuron na sua maior dose (40,0 g i. a./ha) foi o que mais reduziu a longevidade dos insetos. A oviposição foi nula quando os insetos foram submetidos as doses de novaluron (20,00 g.i.a./ha e 40,0 g.i.a./ha) e também a menor e maior (20,0 g.i.a./ha e 40,0 g.i.a./ha) dose de lufenuron, enquanto que para as duas doses do telfubenzuron (26,2 g.i.a./ha e 52,5 g.i.a./ha) foi reduzida a oviposição.