Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Cavalheiro, Bruna Mandryk
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Orientador(a): |
Ávila, Crébio José
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Banca de defesa: |
Bellettini, Silvestre
,
Grigolli, José Fernando Jurca
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5180
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Resumo: |
O Agronegócio brasileiro é responsável por 21,8% do produto interno bruto nacional e entre as espécies cultivadas em grande escala destacam-se as culturas da soja e do milho. No entanto, as diferentes modificações ocorridas no cenário agrícola, muitas espécies de percevejos fitófagos encontraram condições favoráveis à sua alimentação e desenvolvimento, tornando-se importantes pragas nestas culturas, principalmente no estádio reprodutivo na soja e estádios iniciais de desenvolvimento no milho. Este trabalho teve como objetivo determinar o potencial de danos dos percevejos Dichelops melacanthus (Dallas) na soja e Euschistus heros (Fabricius) no milho. Os experimentos foram conduzidos durante a safra 2019/20, avaliando-se seis níveis populacionais do percevejo D. melacanthus na soja e E. heros no milho, em dois estádios fenológicos das culturas. Avaliou-se as densidades populacionais 0, 2, 4, 6, 8 e 10 percevejos gaiola-1 nos estádios V2 e V1 da soja e do milho, respectivamente. Em outros dois ensaios foram avaliadas as densidades de 0, 3, 6, 9, 12 e 15 percevejos gaiola-1 nos estádios R5.1 da soja e V4 do milho. Utilizou-se o delineamento de blocos ao acaso para ambos os ensaios. As parcelas utilizadas no experimento de soja constituíram de gaiolas instaladas em campo contendo 20 plantas, enquanto no milho constituíram de 5 plantas. As gaiolas foram inspecionadas diariamente após a infestação, sendo realizada a reposição dos insetos que eventualmente morriam. As infestações foram mantidas por um período de 14 dias. Após a retirada das gaiolas na soja do primeiro ensaio (V2) foi avaliado o estande remanescente das plantas e determinado o rendimento de grãos e massa de mil sementes na colheita. No ensaio em que a soja foi infestada no estádio R5.1 foram determinados o rendimento de grãos, a massa de mil sementes e realizado o teste de tetrazólio das sementes. No milho, realizou-se a caracterização das injúrias nas plantas após a retirada das gaiolas, a medição do diâmetro do colmo do milho e determinado o rendimento de grãos na colheita. Infestações com o percevejo D. melacanthus em soja no estádio V2 não interferiram no estande de plantas da cultura e nem no rendimento de grãos e a massa de mil sementes, mesmo com incremento das densidades populacionais do percevejo. Quando as infestações de adultos desse inseto foram realizadas no estádio R5.1, também não foi constatado efeito significativo no rendimento de grãos e na massa de mil sementes de soja. No entanto, o incremento da densidade populacional do percevejo D. melacanthus em R5.1 reduziu o potencial germinativo e o vigor das sementes bem como aumentou de forma significativa a porcentagem de sementes picadas e inviabilizadas. Em milho, as infestações realizadas no estádio V1 com o percevejo E. heros resultaram no aumento das notas de danos na cultura, enquanto o rendimento de grãos foi reduzido com o incremento da densidade populacional do percevejo nas gaiolas. Todavia, o incremento na densidade do percevejo não afetou o diâmetro do colmo do milho. Já nas infestações do percevejo E. heros realizadas no estádio V4 do milho não afetou a intensidade de danos nas plantas, o rendimento de grãos e diâmetro do colmo. Conclui-se que a ocorrência do percevejo D. melacanthus é importante apenas na fase reprodutiva da soja, quando o controle dessa praga deve ser realizado para evitar perdas na qualidade das sementes. Já no milho, o período de maior suscetibilidade das plantas ao percevejo E. heros é no estádio V1, sendo necessário a realização do monitoramento e controle do percevejo para evitar redução na produtividade de grãos, diferentemente do observado para as infestações realizadas no estádio V4, quando o rendimento de grãos não foi afetado. |