Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Cleiton Ribeiro e
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Orientador(a): |
Galvão, Vânia Cristina Casseb
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Banca de defesa: |
Galvão, Vânia Cristina Casseb,
Candido, Glaucia Vieira,
Silva, Leosmar Aparecido da,
Vieira, Marília Silva,
Barros, Déborah Magalhães de |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística (FL)
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Departamento: |
Faculdade de Letras - FL (RMG)
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/12750
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Resumo: |
Esta tese está ligada ao projeto Rede/Itália - Português Brasileiro em contexto Italiano, aspectos sociais, políticos e linguísticos que tem como objetivo analisar os fenômenos linguísticos e contribuir para o ensino do Português. A tese descreve a expressividade do sujeito pronominal no português brasileiro (PB) e no português europeu (PE) (TARALLO, 1993; KATO, 1999; KATO; DUARTE, 2014; NEVES; GOULART, 2017; DE ROSA, 2019; OLBERTZ, 2020 ) para investigar como essas duas variedades de português estão lidando com a necessidade de expressar o sujeito e a relação desse fenômeno com a nível fonológico da construção. Para termos uma ideia mais detalhada desse fenômeno, utilizamos a Gramática da Construção para decompô-lo e analisá-lo considerando os seis níveis que formam uma construção – fonológico, morfológico, sintático, semântico, pragmático e discursivo – e como um nível pode interferir nos outros, para tornar isso possível, utilizamos as teorias de Croft e Cruse (2004) e Croft (2001), Goldberg (2006), Traugott e Trousdale (2013) e Traugott (2015) para propor um esquema e uma rede para a expressividade do sujeito pronominal. Nós analisamos também os processos cognitivos que estão relacionados à necessidade do falante de expressar o sujeito por meio de um pronome – iconicidade, perspectiva, informatividade, analogia, memória rica, marcação – com os postulados de Bybee (2010; 2015), Givón (1991; 2011 ), Lakoff (1987) e Langacker (1987; 2000; 2008; 2013). Para analisar o nível fonológico, utilizamos uma abordagem fonológica para investigar o padrão entonacional das ocorrências em que a prosódia recai sobre o pronome sujeito, para isso, utilizamos um programa de computador, PRAAT, e a metodologia de análise de Gili Fivela (2002; 2008; 2018), Scarpa e Fernandes-Svartman, (2012) e Pietro e Roseano (2018). Os corpora de análise são provenientes do projeto Português Falado - Variedades Geográficas e Sociais, um projeto do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa (CLUL) que conta com 47 entrevistas de PB e PE das quais foram selecionadas 20 (10 do Brasil – 5 dos anos 80 e 5 dos anos 90; e 10 de Portugal – 5 dos anos 80 e 5 dos anos 90). Analisamos 820 ocorrências, 212, 24 marcadas prosodicamente, em PE e 608, 53 marcadas prosodicamente, em PB, classificando-as segundo a proposta de Olbertz (2020) em: pronome referencial; pronome tópico; reativação de tópico; pronomes sem motivação aparente. Nossa hipótese é que, embora existam semelhanças quanto à expressividade do sujeito via pronome nas duas variedades do português, existem alguns aspectos que as diferenciam. As principais diferenças encontradas foram: 1) o padrão entoacional utilizado pelos falantes e sua função, no PB, encontramos os seguintes 8 padrões: H*; L + H; L+ H*; L* + H; H*+L; H + L*; H + H*; H* + H; e, em PE, encontramos 6: H*; H*+ L ; L + H*; H* + H%; L*+H + H%; L + H* + L; 2) BP usa pronomes sujeitos para se referir a entidades genéricas, enquanto EP não; 3) falantes do PB enfatizam os pronomes sujeitos que são motivados pela sintaxe; enquanto os falantes do EP enfatizam os pronomes sujeitos que caracterizam o papel do novo tópico. Ficou claro que, embora seja possível analisar a expressividade do sujeito nos seis níveis de uma construção, as principais diferenças entre as variedades analisadas são mais salientes no nível fonológico. |