Caracterização de Plintossolos Argilúvicos na planície do rio Araguaia
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Escola de Agronomia - EA (RG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Agronomia (EA) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/9952 |
Resumo: | A planície do Rio Araguaia é a maior da região Centro-Oeste no Brasil e abriga grande diversidade de habitats vegetais e animais além de solos, dentre os quais predominam os Neossolos, Gleissolos e Plintossolos. Estes dois últimos refletem as condições de regime hídrico com lençol freático alto, sendo afetados por processos redoximórficos. O material de origem dos solos é constituído por sedimentos aluviais argilo-arenosos holocênicos. O clima é tropical subúmido e a vegetação local é dominada por varjões com murundus. No norte do estado de Goiás, encontra-se um grande projeto de irrigação denominado “Projeto Luís Alves do Araguaia”, instalado em 1997 no distrito do município de São Miguel do Araguaia, sobre Gleissolos e Plintossolos, submetidos à inundação sazonal. Nestes solos, o arroz é cultivado na fase de cheia e a soja na vazante. No entanto, há poucos estudos de caracterização pedológica e dos impactos do uso e manejo desses solos. Objetivou-se com este trabalho caracterizar dois perfis de Plintossolos Argilúvicos, em duas posições da paisagem. A caracterização morfológica foi realizada in situ e amostras foram coletadas para análises físicas, químicas, mineralógicas e micromorfológicas. A classificação taxonômica foi realizada utilizando-se o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) da Embrapa (2013). Ambos os perfis são fortemente ácidos, possuem carga positiva associada a alta quantidade de argila no perfil, em especial nos horizontes B, teores de Ca 2+ e Mg 2+ mais elevados que o comumente encontrado na classe estudada e presença de vermiculita com hidroxi entre camadas (VHE). As plintitas foram enfatizadas no estudo micromorfológico, geoquímico e mineralógico por auxiliarem na interpretação do processo pedogenético e na identificação do estágio da plintização. A análise dos dados evidencia que a presença de um horizonte concrecionário em profundidade, no perfil na borda da planície, recebeu contribuição de micaxisto procedente da superfície geomórfica mais alta situada fora da planície, confirmando que o material de origem não é apenas aluvial, mas têm contribuição de materiais remanejados. As plintitas (nódulos) são ferruginosas e variam em profundidade quanto à forma, frequência, dimensão e aderência à matriz do solo, sugerindo plintização normal, ou seja, com halos difusos, irregulares e grandes na base dos perfis, os quais evoluem para os horizontes diagnósticos onde se tornam comuns, densos, arredondados, pouco aderentes e bem contrastados com a matriz do solo e se degradam rumo à superfície. Estas evidências comprovam que as plintitas estão se formando nestes solos nas condições climáticas atuais. |