Feições ferruginosas de solos do Vale do Araguaia, bioma Cerrado, Goiás, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Maranhão, Deyvid Diego Carvalho lattes
Orientador(a): Araújo, Adelson Paulo de
Banca de defesa: Pereira, Marcos Gervasio, Ceddia, Marcos Bacis, Pinheiro, Helena Saraiva Koenow, Donagemma, Guilherme Kangussu, Fontana, Ademir
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9153
Resumo: A paisagem do Vale do Araguaia é composta por extensas planícies e depressões alagadas sazonalmente, onde há feições pedológicas peculiares, associadas a clima atual ou pretérito. Buscou-se estudar solos com feições ferruginosas em São Miguel do Araguaia, Goiás, no sentido de avaliar a pedogênese, sobretudo aspectos relacionados à origem e especificidades dessas feições, e adicionalmente o potencial da erosão linear, considerando que o uso da terra e que as características pedológicas têm potencializado esse processo. Outra hipótese é de que o avanço do processo de plintitização pode ser avaliado a partir da distribuição dos solos na topossequência e processos correlatos de deposição de sedimentos, pressupondo que as feições ferruginosas são contrastantes e estão sendo alteradas ao longo da paisagem, e que o processo de plintitização é modificado quando o solo é submetido ao controle de drenagem, visto que a dinâmica dos óxidos de Fe está associada à oscilação do lençol freático. No sentido de testar tais hipóteses, foram selecionados oito perfis de solo, onde foram abertas sete trincheiras em São Miguel do Araguaia e uma trincheira em uma várzea do município de Terezópolis de Goiás, Goiás, sendo coletadas amostras deformadas e indeformadas dos horizontes para análises. As áreas mais dissecadas do município estão associadas às coberturas lateríticas, onde ocorre horizonte F em diversas posições dentro do perfil de solo, influenciando a magnitude do fluxo hídrico dependendo da profundidade de ocorrência, sobretudo declividade do terreno e cobertura do solo, ditando os processos erosivos, e consequentemente o grau de dissecação do relevo. Em geral, os resultados das análises de suscetibilidade e potencial à erosão linear demonstram o baixo risco aos processos erosivos, mesmo diante de ações antrópicas. Os Plintossolos Pétricos apresentaram constituição esquelética e as feições ferruginosas estão sendo degradadas, dando origem a uma matriz terrosa oxídica. A partir da análise integrada dos atributos pedológicos, considerando aspectos relacionados à paisagem, foi possível estabelecer o modelo que melhor explica a gênese de solos da planície do rio Araguaia, a qual está associada à erosão com inversão de relevo, e com consequente degradação de nódulos de Fe por serem submetidos a condições divergentes daquelas associadas à sua gênese. Todos os perfis apresentaram remobilização de Fe e/ou Mn, associada à degradação de nódulos, e por vezes segregando em zonas mais oxidadas, geralmente com feições associadas a matriz cinzenta ou brunada. As feições redoximórficas são resultantes majoritariamente de processo de endossaturação, muito embora há evidências de processos pedogenéticos que envolvem a epissaturação, tais como os processos de ferrólise e argiluviação, recorrentes em alguns perfis de solos avaliados.