Formulação peletizada de metarhizium spp.: produção, termotolerância e potencial no controle de rhipicephalus microplus
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública - IPTSP (RG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical e Saúde Publica (IPTSP) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/6164 |
Resumo: | Fêmeas ingurgitadas de Rhipicephalus microplus procuram áreas sombreadas e úmidas no solo para realizar oviposição. Estes locais apresentam um microclima favorável para viabilizar o controle deste artrópode com fungos entomopatogênicos. O objetivo deste estudo foi produzir péletes à base de microescleródios (ME) de Metarhizium spp. (CG 47, CG 632, IP 46, IP 119, ARSEF 1883 e ARSEF 2575) e avaliar sua virulência sobre fêmeas ingurgitadas de R. microplus em condições de laboratório. Os péletes foram obtidos a partir de microescleródios produzidos em meio líquido específico e processados para peletização. A produção de conídios e a viabilidade de cada formulado de Metarhizium spp. foram observadas distribuindo-se 0, 03g de péletes em meio ágar-água 2%, e incubando-os a 27 ºC ou 32 ºC por 15 dias, resultados mostram que a produção de conídios pelo péletes dos isolados foi similar para a temperatura de 27 ºC, sendo a viabilidade dos conídios esporulados superior a 90% em e 32 ºC. Dois bioensaios para triagem da virulência dos isolados contra R. microplus foram conduzidos: o primeiro com 0,007 g de péletes de cada um dos isolados de Metarhizium spp. estudados; e o segundo com quantidades diferentes de péletes (0.002 a0,006 g) do isolado IP 119. Péletes foram distribuídos sobre a superfície de 5 g de latossolo vermelho estéril, em Placas de Petri, umedecido com 2 mL de água destilada estéril. Foram preparadas dez réplicas para cada isolado fúngico. As placas foram incubadas por 15 dias a 27°C e UR> 90% para induzir a produção de conídios a partir dos grânulos. Placas do grupo controle não foram acrescidas de péletes. Após este período, foi adicionada uma fêmea em cada placa e avaliou- se diretamente o início da conidiogênese sobre os carrapatos por 15 dias, e após este período a massa de ovos foi retirada das placas e acondicionada individualmente em tubos de vidro para posterior quantificação das larvas eclodidas. Em ambos os bioensaios, os tratamentos fungicos reduziram o período de oviposição das fêmeas, assim comoo número de larvas eclodidas. Resultado semelhante observado paradiferentes concentrações de péletes do isolado IP 119. Bioensaio similar à metodologia descrita foi conduzido somente com IP 119 e CG 47 em duas temperatura:s 27 ºC ou 32 ºC. Os resultados mostraram que a 27 ºC péletes formulados com ME de CG 47 iniciaram a conidiogênese em fêmeas de R. microplus em tempo médio de 5 dias, e IP 119 em 9 dias. Já os ensaios conduzidos a 32 ºC mostraram que a conidiogênese sobre as fêmeas de R. microplus iniciaram entre o 5° e 6° dia. Para ambos isolados o número médio de larvas eclodidas reduziram.(X 2 = 43.53; df = 2; P <0.001). Péletes de ME com inerte vermiculita apresentaram maior produção de conídios do que o formulado contendo celulose (P = 0,01). Os resultados do presente estudo indicam que a formulação peletizada de ME de Metarhizium spp. foi eficaz no controle de R. microplus em condições de laboratório por reduzir o número de progênies. Esta formulação merece atenção para desenvolver potencial carrapaticida biológico, visto que as condições de temperatura e umidade requeridas para produção de conídios infectivos são similares às requeridas por este carrapato para produção de ovos e eclosão das larvas no ambiente. |