Imunogenicidade e reatogenicidade da vacina contra hepatite B derivada de Hansenula polymorpha comparada a Saccharomyces cerevisiae em homens privados de liberdade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Sandim, Lucíola Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Enfermagem - FEN (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Enfermagem (FEN)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/9691
Resumo: A infecção pelo vírus da hepatite B, ainda hoje, representa uma séria ameaça à saúde global, uma vez que não existe “cura virológica” e a vacinação, considerada principal pilar de erradicação da doença, não atingiu as taxas de cobertura preconizadas. Objetivou-se avaliar a reposta da vacina contra a hepatite B em homens privados de liberdade de um presídio do interior do estado de Goiás, Brasil Central, comparando uma vacina com sistema de expressão por Hansenula polymorpha à outra por Saccharomyces cerevisiae. Os participantes da pesquisa foram divididos em dois grupos – Grupo 1 (SERUM - Hansenula polymorpha) e Grupo 2 (EUVAX - Saccharomyces cerevisiae), sendo administradas vacinas nos meses 0, 1 e 6. A Média Geométrica (MGT) de Títulos de anti-HBs após a terceira dose da vacina foi de 656,1 (IC 95%: 446,6; 972,7) do G1 e de 203,7 (IC 95%: 69,3; 597,0) do G2. A análise não ajustada mostrou que a MGT do G1 foi estatisticamente superior à verificada no G2 (p-valor = 0,075). A taxa de soroconversão (títulos de anti-HBs 10 mUI/mL) foi de 100% para o G1 e 82,8% para o G2, com tendência de soroconversão superior no G1 do que G2 (p-valor =0,058). Infecção pelo HIV (RTI aj   3,76; p-valor = 0,035) e obesidade (RTI aj   4,95; p-valor = 0,017) foram associados a resposta vacinal inadequada. Em relação a reatogenicidade, não houve diferença estatística entre os grupos (p-valor = 0,501). As evidências dessa investigação mostram que as duas vacinas, com diferentes sistemas de expressão, se mostraram satisfatórias nesse ensaio clínico, embora todos os não respondedores pertenciam ao grupo 2 com sistema de expressão por Saccharomyces cerevisiae. Acredita-se ser importante continuar monitorando o desempenho dessas vacinas em adultos com vistas à melhoria da sua imunogenicidade, em particular avaliando os fatores que interferem na reposta vacinal.