Prevalência de fatores de risco cardiovasculares em escolares
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Medicina - FM (RG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde (FM) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/8812 |
Resumo: | Introdução: Os fatores de risco cardiovasculares (FRC) podem iniciar na infância de forma sutil e, perdurar até a idade adulta, eles podem estar presentes de forma isolada ou agrupada em um mesmo indivíduo, e assim potencializar o risco cardiovascular. Um dos FRC mais presentes é a obesidade, em especial a abdominal que está fortemente associada às disfunções metabólicas. Portanto, é necessário instrumentos de fácil acesso para o rastreamento do risco cardiovascular ainda na infância. Na literatura os estudos sobre FRC em crianças, ainda são incipientes e necessitam ser melhor compreendidos, especialmente no estado de Goiás. Objetivo: Analisar os fatores de risco cardiovasculares agrupados, em pré-escolares e escolares, da cidade de Santo Antônio de Goiás. Método: realizou-se um estudo epidemiológico, com recorte transversal e delineamento caso-controle, na cidade de Santo Antônio de Goiás, com escolares de 4 a 11 anos de idade, matriculados na rede pública. Foram coletados e avaliados os dados antropométricos (índice de massa corporal – IMC e circunferência da cintura - CC), pressão arterial em repouso (PA), glicemia de jejum e perfil lipídico (Lipoproteína de Alta Densidade – HDL, Lipoproteína de Baixa Densidade – LDL, Triglicerídeos – TG e Colesterol Total – CT), além do nível de atividade física. Os FRC agrupados foram considerados quando o mesmo indivíduo apresentava igual ou mais que 3 indicadores alterados. Para averiguar a normalidade dos dados foi executado o teste Kolmogorov-Smirnov. Inicialmente, os dados foram analisados quanto média, desvio padrão e frequência. A comparação de médias entre os grupos foi realizada pelo teste-t de Student para amostras independentes ou Mann Whitney. A associação entre as variáveis (antropométricas, bioquímicas e hemodinâmicas) foram avaliadas pelo teste de Qui-quadrado de Pearson e análise de correlação entre os valores absolutos das variáveis indicativas dos FRC empregou-se a correlação de Spearman, também foi realizada a análise de Regressão Logística Binária para identificar previsores significativos para o desfecho: fatores de risco cardiovascular agrupados e isolados. Para todos os testes foi adotado o nível de significância de 5%. Resultados: Dos 158 escolares avaliados, 24,7% apresentavam excesso de peso e 29,7% adiposidade abdominal. A prevalência de hipertensão arterial foi de 11,4% e de dislipidemia 72,8%, apenas a glicemia foi identificada dentro dos valores de normalidades para todas as crianças. A análise comparativa dos FRC indicou associação do IMC, MC e PAS tanto nos pré-escolares e escolares com CC aumentada, além de maiores valores de PAD e TG em escolares com CC aumentada. Ainda foi encontrada correlação positiva e significativa entre os valores de CC com os de PAS, PAD de todas as crianças. Além disso, os resultados da regressão logística binária mostraram que crianças em idade escolar, com CC aumentada, tem 1,10 mais chances de apresentarem fatores de risco agrupados. Conclusão: A dislipidemia foi o FRC de maior prevalência entre pré-escolares e escolares, seguida adiposidade abdominal e excesso de peso corporal. No grupo de crianças avaliadas, a adiposidade abdominal influenciou diretamente os valores de pressão arterial em ambos os grupos e nos valores de triglicerídeos em escolares. A CC foi capaz de prever FRC somente no grupo de crianças mais velhas. |