Concepções de poder e política em Erasmo de Rotterdam: o papel de diferentes tradições entre reelaborações e permanências
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Faculdade de História - FH (RG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em História (FH) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/6653 |
Resumo: | Apresentamos e discutimos nessa dissertação os posicionamentos do filólogo, filósofo, literato e teólogo agostiniano que viveu no século XVI europeu em relação às questões postas em torno questão do bom governo, Erasmo de Rotterdam. Embora o título do trabalho sugira uma centralidade no pensamento do rotterdamês, não fazemos aqui uma história intelectual, mas esforçamo-nos por trazer uma discussão centrada nos pressupostos da história das ideias, oportunidade em que escolhemos como uma das teses que percorreu séculos e foi tocada também por Erasmo de Rotterdam, ou seja, a disputa milenar entre o poder espiritual e o poder secular entre papado e império que, já nos quinhentos, contará com a figura régia, cuja força e importância vem se construindo há mais de dois séculos nos principados, regna e repúblicas. A partir do esforço de leitura e interpretação da obra Institutio principis christiani (A educação de um príncipe cristão) defendemos que seus posicionamentos sobre a questão da origem e função do governo e do governante devem-se também, em larga medida, à sua filiação a diferentes e divergentes sistemas de crenças e tradições. Nesse sentido, apontamos que Erasmo acolhe e divulga teses políticas derivadas do aristotelismo, do platonismo e dos pensadores do romanismo imperial e republicano combinadas com a moralidade cristã via o ensinamento dos “padres da igreja”, optando então pela visão de que o governo dos príncipes se destina à promoção do bem comum dos cidadãos que vivem nos principados, regna ou repúblicas. Ao exercer sua função de conselheiro de Carlos de Gante, filho de Filipe I de Castela, e futuro governante do sacro império romano, dedica-lhe um tratado especular com conselhos para que faça um bom governo. Nesse tratado, vemos Erasmo prescrever uma moralidade não apenas cristã, mas embebida também dos ensinamentos dos autores pagãos, deixando clara a influência desses pensadores não só nessa obra, mas em toda sua produção como “homem de saber” do seu tempo. |