O drama como método de investigação de linguagem: uma interpretação do dramatismo de Kenneth Burke

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Gonzaga, Deusimar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Escola de Música e Artes Cênicas - EMAC (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Performance Cultural (EMAC)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/5090
Resumo: Este estudo tem o objetivo de apresentar e discutir alguns aspectos do dramatismo, método de análise das relações humanas e principalmente dos atos da linguagem e de pensamento, tal como apresentado pelo filósofo e crítico literário norte-americano Kenneth Burke (1897- 1993), entre os anos de 1930 a 1960. Praticamente desconhecido em nossa língua, o nome de Kenneth Burke e seu dramatismo são presenças obrigatórias nos recentes compêndios que abordam os estudos da performance e das performances culturais, pela comparação e relação que estabelecem entre a vida cotidiana e o drama e necessitam ser melhor conhecidos. Entre tantos teóricos, seus trabalhos influenciaram os críticos literários Harold Bloom (1930) e Susan Sontag (1933-2004), sua aluna na Universidade de Chicago, e principalmente a fundamentação do sociólogo Erving Goffman (1922-1982), seja em seus estudos da vida cotidiana como em sua “abordagem dramatúrgica” (dramaturgical approach). Como se infere, a partir do dramatismo, não somos apenas utilizadores da linguagem, somos também utilizados por ela, ela determina nossas ações. O dramatismo se estabelece como um instrumento de análise da linguagem como ação simbólica a partir de cinco termos chave (pentad dramatístico): o ato em si, o que foi feito; o agente do ato, o ator, quem realizou o ato; a cena (o lugar, o onde); a agência, os meios/instrumentos ou como se realiza a ação, ou ainda a capacidade autônoma das pessoas fazerem suas próprias escolhas; e o propósito. O ato é o termo central em torno do qual se organizam as cinco categorias de análise (pentad) e a investigação dos motivos da ação é a estratégia fundamental da análise dramatística. Burke propõe que o campo de observação da ação humana e de suas incontáveis combinações, as transposições e as transformações entre os termos do citado pentad, possibilitem uma análise da ação humana que tem o drama como termo central. O dramatismo procura responder as questões de como podem ser explicadas as ações humanas e, principalmente, como estas ações são determinadas pela capacidade simbólica. O dramatismo torna-se elemento central na análise da teatralidade humana, do ser humano em performance.