Pessoa dramaturgo: tradição, estatismo, deteatrização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Corrêa, Flávio Rodrigo Vieira Lopes Penteado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-25062021-203240/
Resumo: Esta tese tem por objetivo examinar, segundo cinco linhas de força principais, os dramas estáticos de Fernando Pessoa, cujo corpus é composto, à exceção d\'O marinheiro (1915), por um número significativo de peças inconclusas ou esboçadas. Partindo da revisão crítico-teórica do imaginário simbolista e da obra teatral de Maurice Maeterlinck, com os quais o teatro do autor português é sistematicamente associado, procura-se ampliar o espectro da abordagem na direção da múltipla tradição do drama moderno e contemporâneo, nos termos em que esta é delineada por estudiosos cujas pesquisas se associam às de Jean-Pierre Sarrazac - entre os quais se destacam Joseph Danan, Mireille Losco-Lena, Alexandra Moreira da Silva, Jean-Pierre Ryngaert e Arnaud Rykner. Cumprida a tarefa de identificação e análise das categorias comuns a esse conjunto de peças, de modo a caracterizar a parcela mais conhecida até o momento do teatro pessoano, busca-se aproximá-las dialeticamente da dramaturgia de alguns dos autores centrais do gênero, situados na transição entre os séculos XIX e XX. No âmbito europeu, o trabalho confere atenção a nomes como Henrik Ibsen, Gerhart Hauptmann, August Strindberg e Luigi Pirandello, enquanto, no contexto da dramaturgia portuguesa, o teatro de Pessoa é reposicionado à luz de peças de Raul Brandão, D. João da Câmara, Eugénio de Castro, Branquinho da Fonseca, Almada Negreiros e António Patrício, entre outros escritores. Por fim, sugere-se o reexame do apelo cênico do drama estático pessoano por meio da discussão das ideias e práticas teatrais de Aurélien Lugné-Poe, Edward Gordon Craig e Claude Régy, principalmente.