“Senhor dono da casa, se não for muito custoso, vem abrir a vossa porta que nós viemos de pouso”: as territorialidades produzidas pelos Grupos das Folias de Reis em Goiânia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Mota, Rosiane Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Instituto de Estudos Socioambientais - IESA (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Geografia (IESA)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/5360
Resumo: permeada de ritos, crenças e lembranças. A presente investigação, apoiada na abordagem da geografia cultural, tem como objetivo analisar as territorialidades que emergem pelas relações estabelecidas nos “giros”, apresentações e encontros de Folias de Reis na cidade de Goiânia, bem como obter uma leitura dos significados destas como manifestação e expressão da cultura popular. As Folias de Reis produzem “marcas” no espaço-tempo (território, territorialidades, identidades) que se configuram em paisagens simbólicas. As relações territoriais e as paisagens simbólicas produzidas pelas Folias de Reis, mesmo em diferentes realidades, não modificam sua essência de devoção e tradição. Esses grupos se adaptam ou sofrem modificações físicas e estruturais de acordo com a situação em que se inserem, mas o sentido devocional se mantém e se fortalece a cada cantoria. Os aspectos teórico-metodológicos utilizados no desenvolvimento desta têm como base, entre outras, às contribuições de Almeida (2005; 2006; 2010), que discute relações territoriais no âmbito da geografia cultural; de Geertz (2001), o qual aborda questões conceituais referentes à cultura; de Hobsbawn (1997), com uma reflexão acerca da tradição genuína e inventada; e de Cosgrove (2004), que discute as paisagens simbólicas e sua leitura. Utilizou-se, como procedimentos metodológicos, levantamento bibliográfico, pesquisa documental, trabalho de campo, tratamento de dados, produção de mapas, entre outros. Conclui-se que a Folia de Reis consiste em uma festa permeada de relações sociais que evidenciam, durante os “giros”, um universo simbólico dotado de elementos rurais no meio urbano da Capital. São nas celebrações, cantorias e na hospitalidade dos foliões, que são produzidas pelas folias, as territorialidades e as paisagens culturais presentes no calendário festivo do ciclo natalino da cidade.