Staphylococcus aureus isolados de linguiças suínas e de frango do tipo frescal: perfil de suscetibilidade e caracterização molecular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Bernardo, Larissa Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Nutrição - FANUT (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Nutrição e Saúde (FANUT)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/5826
Resumo: Este estudo teve como objetivo isolar e identificar Staphylococcus aureus em linguiças frescais, fabricadas artesanalmente ou de modo industrial, e caracterizar os isolados quanto à suscetibilidade a antimicrobianos e à presença de genes de virulência. Foram coletadas 86 amostras de linguiças frescais, suína e de frango, em açougues do Município de Aparecida de Goiânia, Goiás. A temperatura das linguiças foi aferida no momento da coleta. Após análise microbiológica, realizou-se o antibiograma pela técnica de disco-difusão, tipagem microbiana por eletroforese em gel em campo pulsado e detecção de genes de virulência pela Reação em Cadeia de Polimerase. A maioria das linguiças coletadas (68,6%) apresentaram temperatura superior a 4 ºC, variando de 4,98 ºC a 9,89 ºC. Seis amostras estavam contaminadas por Staphylococcus sp., sendo obtidos sete isolados, porém com contagens conforme o padrão estabelecido pela legislação brasileira em vigor (5,0 x 103 unidades formadoras de colônia por grama). Dos sete isolados, três obtidos de amostras de marcas distintas, coletados em açougues diferentes, foram identificados como Staphylococcus aureus pela detecção do gene femA, apresentaram sensibilidade a todos os antibióticos testados e 100% de similaridade pela técnica de Pulsed Field. Foi detectada a presença de genes que codificam as hemolisinas A e B e a enterotoxina H nos três isolados de S. aureus e em um deles ainda foram detectados os genes que codificam as enterotoxinas G e I. A pesquisa permitiu detectar S. aureus em linguiças frescais e a possibilidade de expressão de genes de enterotoxinas. A presença de isolados semelhantes geneticamente, identificados em amostras oriundas de açougues diferentes e de marcas distintas, indicam origem comum de contaminação ou difusão de linhagens particulares neste tipo de alimento. Ressalta-se portanto, a necessidade de se observar as condições de armazenamento do produto como a temperatura, para que quantidades expressivas de toxinas não sejam produzidas e se tornem risco para a ocorrência de surtos de origem alimentar.