A expansão do setor sucroalcooleiro em Goiás: uma análise sobre o trabalho, reestruturação produtiva e questão agrária no contexto do Plano Nacional de Agroenergia (2006-2011)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Faria, Andréia Farina de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Ciências Sociais - FCS (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Sociologia (FCS)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/5577
Resumo: O objeto dessa tese se insere no debate da sustentabilidade ambiental circunscrita ao esgotamento da matriz energética de origem fóssil, uma vez que vivenciamos a expansão das fronteiras agrícolas da cana-de-açúcar no Estado de Goiás através de uma política pública assim justificada. A centralidade de nossa análise está na compreensão do processo de constituição da produção canavieira no Estado de Goiás durante a vigência do Plano Nacional de Agroenergia (2006-2011). Para tanto, a pesquisa foi delineada por meio de três hipóteses reflexivas, a partir das quais as temáticas da inclusão social, do mundo do trabalho e da questão agrária foram tratadas de forma relacional no intuito de uma apreensão dialética sobre o movimento em curso. Nesse sentido, a construção do universo empírico de pesquisa partiu da problematização do documento da referida política, e consecutivamente, da sistematização dos dados extraídos de fontes secundárias, dentre as quais: Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A abordagem sustentável conferida pelo governo federal à política agroenergética foi incapaz de impedir que o modelo agroexportador (plantation) se reproduzisse por meio da expansão canavieira, ou seja, a concentração fundiária e a intensificação das formas de exploração dos/as trabalhadores/as são dois processos interrelacionados, constantemente reelaborados no meio rural brasileiro. Por outro lado, a alteração da natureza do trabalho preponderante nos canaviais, por meio da mecanização, foi capaz de alterar, não só o retrato do mercado de trabalho formal no setor canavieiro, mas de todo o setor agropecuário em Goiás.