Entre cegos e perdidos: apropriações e hibridizações na “Via Sacra” de Konstantin Christoff

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Dumont, Heloisa de Lourdes Veloso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Artes Visuais - FAV (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Arte e Cultura Visual (FAV)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/4362
Resumo: A proposta desta dissertação é abordar a construção visual do social, através da prática artística de Konstantin Christoff (1923-2011), como um artista pós-moderno, que urdiu por meio da série "Via Sacra" uma estratégia para operar em sua arte uma visão sobre expressões culturais significativas na cidade de Montes Claros. A "Via Crucis" de Christoff é uma obra singular e se destaca das demais tanto em quantidade como em conteúdo das pinturas. Por meio deste estudo, buscaremos expandir nossas análises e reflexões, pois a atualização dessa série pictórica nos revela a leitura que o artista faz do mundo a sua volta, mediante a mobilização e transformação dos sentidos. No primeiro capítulo, abordaremos questões relevantes a respeito do tema “Via Sacra”, a fim de investigarmos como alguns sentidos foram operados, atualizados e transformados pelo viés da representação do Caminho da Paixão de Cristo, através de uma Via Sacra completamente nova e singular, na qual o artista teatraliza a história da humanidade. No segundo capítulo, buscaremos compreender como Konstantin Christoff se apropriou, hibridizou e transformou os sentidos, através da apropriação metafórica de pinturas consagradas, tal qual a “A Parábola dos Cegos” de Pieter Brueghel, além da utilização de personagens, como o soldado vendado, para operar, mobilizar e transformar os significados, revelando a cegueira espiritual e as relações de poder na sociedade hodierna. No terceiro capítulo, pensamos a sociedade vista pela ótica da Via Sacra de Christoff, revelando como o artista fez uma crítica severa aos poderes pastoral, militar e midiático, assim como às relações de poder sócioeconômico e às questões de classe, mesmo que, involuntariamente, o artista tenha se sustentado nas Sagradas Escrituras.