Cartografias da resistência: artistas e suas trajetórias na atenção psicossocial de Goiânia
Ano de defesa: | 2025 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública - IPTSP (RMG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva (IPTSP) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/14407 |
Resumo: | A relação entre arte e saúde mental é íntima. Na estruturação da Reforma Psiquiátrica e da Política de Saúde Mental no Brasil ela se destaca desde as dimensões sociocultural, epistemológica, política e na assistência. Pessoas usuárias dos serviços de saúde mental tem nesses locais pontos de apoio para desenvolver habilidades artísticas e se cuidarem das formas adoecedoras de produção de subjetividade, baseada nos meios de produção de mercado e que afetam os trabalhadores artistas. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi cartografar as experiências de artistas-usuários pelo sistema de saúde mental e as micropolíticas de trabalho que os afetam. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa utilizando o método cartográfico, mediante a ferramenta usuário-guia, com análise apoiada na esquizoanálise, dentro da linha ética-estética-política que se encontra com a Análise Institucional e com a Reforma Psiquiátrica. A narrativa foi construída a partir do acompanhamento de experiências vividas com três artistas-usuários da Rede de Atenção Psicossocial do município em seus percursos de vida, de cuidados em saúde e elaborações artísticas. Nos resultados são apresentados os três personagens individualmente, numa proposta de entrecruzamento de suas narrativas de vida, processos de saúde-adoecimentos e de suas dinâmicas com a arte, explorando o nascimento da identidade de artista e do reconhecimento social neste lugar. Buscou-se dialogar com a literatura, a partir dos temas emergentes das narrativas, como violências; direitos sociais; empobrecimento e secundarização das políticas voltadas aos cuidados das pessoas, assim como, da arte-cultura; micropolíticas do trabalho em saúde mental e da cena cultural; e medicalização da vida. Políticas Públicas são essenciais para a promoção de direitos e a produção de melhor qualidade de vida em uma sociedade. Na confluência das políticas culturais e de cuidado em saúde mental existe uma potência de criação de vida. Neste diálogo, instituições e espaços públicos podem contribuir para outra ética do cuidado que inclua a ampla e criativa gestão da vida, a promoção da autonomia, emancipação social dos usuários e potencialização de corpos na produção artística - também como trabalho reconhecido e valorizado socialmente. |