A moderna engenhosidade de Edgar Allan Poe e Charles Baudelaire
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Letras - FL (RG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística (FL) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/5378 |
Resumo: | Esta dissertação de Mestrado, intitulada de “A moderna engenhosidade de Edgar Allan Poe e Charles Baudelaire” trata-se de um trabalho que se propõe a investigar de que modo ambos os poetas contribuíram para a modernidade literária, numa perspectiva dialógica, reconhecendo que, de um para outro, nota-se uma continuidade de elementos de estilo e de convicções intelectuais. Baudelaire foi um poeta romântico e antirromântico que, pela via das antinomias e das contradições, busca elucidar em sua obra a consciência pessimista e racional de um sujeito que, em um processo de transição, vê-se diante do árduo trabalho de explicitar a perplexidade do homem mediante o abandono deliberado de seu passado literário e a reformulação, por meio da assimilação e da ironia, de seu futuro pautado pela tradição. Tendo em vista isso, consideramos a relevância da tradição a qual pertence a obra de Baudelaire e os autores que a compõem, sobretudo Edgar Allan Poe, e, a partir da leitura do ensaio “O princípio poético” (1850) e do conto “O homem na multidão” (2001, p. 392-400), ambos de Poe, bem como de alguns poemas extraídos de As flores do mal (1985) e Pequenos poemas em prosa (2007), de Baudelaire, e de Ensaios sobre Edgar Allan Poe (2003), também escrito pelo poeta francês, percebemos que, como tradutor do poeta norte-americano, Baudelaire não é apenas um continuador de sua poética, mas também crítico, influenciando na construção da obra do último poeta. De posse desses argumentos e sabendo que, embora lúcida e clara, a poética baudelairiana é, também, paradoxal e complexa, propomo-nos a averiguar, através de leituras de alguns textos dos autores em questão, de que maneira a engenhosidade poética de Poe contribui para a obra de Baudelaire, que, como leitor de Poe, faz com que a formação de sua poética seja também simétrica e matemática, desempenhando o papel de arquiteto de uma poesia contraditória, porém, coerente e inaugural. Leituras de estudiosos e críticos de ambos poetas, como Estrutura da lírica moderna (1978), de Hugo Friedrich; A verdade da poesia (2007), de Michael Hamburger; Charles Baudelaire, um lírico no auge do capitalismo (1989), de Walter Benjamin; e do ensaio de Paul Valéry, “Situação de Baudelaire”, constituem o suporte teórico ao qual nos recorremos para fundamentar nossa pesquisa. |