Análise do processo de transição agroecológica das famílias agricultoras do Núcleo da Rede Ecovida de Agroecologia Luta Camponesa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Cristina Sturmer dos
Orientador(a): Christoffoli, Pedro Ivan lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável
Departamento: Campus Laranjeiras do Sul
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/609
Resumo: Diante das contradições do modelo de desenvolvimento rural hegemônico emergem movimentos e contra movimentos que irão a partir os anos de 1980 formar um corpo organizado na figura da agroecologia. Esta será fruto de movimentos múltiplos que envolvem um processo histórico e material promovido por famílias agricultoras, povos tradicionais, pesquisadores, técnicos, consumidores e movimentos sociais. Nesse sentido, se faz necessário articular diferentes dimensões no processo de alteração dos agroecossistemas convencionais para agroecológicos. A região da Cantuquiriguaçu localizado na região Centro-Sul do estado do Paraná tem vários atores que despendem recursos e energias para promover um processo de capitalização e efetivação da territorialidade da agroecologia. Visando analisar elementos desse processo regional de transição se estabelece como objetivo geral do trabalho “identificar contradições, limites e potencialidades no processo de transição agroecológica das famílias agricultoras participantes do Núcleo de Agroecologia da Rede Ecovida Luta Camponesa da região da Cantuquiriguaçu”. Para tanto se realizou uma pesquisa descritiva exploratória, considerando o conjunto de 15 famílias ligadas ao Núcleo sendo escolhidas de acordo com critérios considerados chaves para compreender o processo de transição agroecológica. As famílias agricultoras estão localizadas em quatro municípios distintos e em sete grupos do Núcleo Luta Camponesa. Como principais resultados do trabalho constataram-se que o processo de construção da agroecologia nesse território tem como agente articulador os movimentos sociais. Que irão efetivar a agroecologia como um caráter estratégico de enfrentamento ao modelo de agricultura da revolução verde e de desenvolvimento excludente. Nesse contexto o principal fator desencadeador da transição das famílias entrevistadas está associado a motivações ideológicas seguido por questões de saúde e impactos ambientais. Dentro do grupo de agricultores entrevistados diferentes estratégias familiares que irão articular de maneira dinâmica os elementos produtivos, sociais e econômicos. De acordo com esses condicionantes irão construir processos de transição parciais ou radicais, optarão por posicionar as atividades agroecológicas como produções centrais ou secundárias, ou ainda optaram por maiores ou menos índices de dependência. Ressalta-se o caráter inicial da pesquisa propondo como central o avanço em novos estudos que foquem tanto em aspectos qualitativos da transição agroecológica quanto em outras dimensões transversais a transição como gênero e juventude.