Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Suliani, Carla Rodrigues Dal Prá |
Orientador(a): |
Zonin, Valdecir José |
Banca de defesa: |
Hartmann, Paulo Afonso,
Moretto, Samira |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
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Departamento: |
Campus Erechim
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/6116
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Resumo: |
Este trabalho explora um universo traduzido pela História Ambiental para construção de um novo olhar acerca do futuro. Trata-se de um texto construído a partir de muitas leituras que fundamentam opiniões para ensaiar teorias propositivas de soluções, bem como críticas aplicáveis ao contexto estudado, pois a História Ambiental, entre seus objetivos, remonta à investigação das causas de problemas ecológicos que se refletem na atualidade, seja poluição, acidificação de oceanos, devastação de florestas, extinção de espécies. Enfim, o Antropoceno é a proposição de uma era na qual os humanos constituem a principal força geológica sobre as mudanças no planeta. Sendo a agricultura uma atividade antrópica de grande impacto sobre a biodiversidade mundial, demanda e justifica observação em meio ao desenrolar desse processo. Dessa forma, o trabalho em questão realiza uma análise da organização do movimento de produção de alimentos orgânicos do núcleo da Serra de agroecologia, histórico e perspectivas frente ao Antropoceno. O problema que norteia este estudo é: existem contribuições na constituição da organização do movimento de produção orgânica local para enfrentamento dos desafios da contemporaneidade impostos pelo Antropoceno? O objetivo principal do trabalho é: analisar a organização do movimento de produção de alimentos orgânicos da Serra Gaúcha, histórico e perspectivas frente ao Antropoceno. Para alcance deste propósito foram definidos desígnios específicos: revisar e apresentar conceitos e processos de evolução do Antropoceno; descrever a trajetória histórica acerca da evolução do movimento que resultou no atual contexto produtivo orgânico local, descrevendo quais desafios percebidos atualmente; entender como a agroecologia e o Antropoceno estão acontecendo no momento de incertezas em função da pandemia. A metodologia de pesquisa foi qualitativa e utilizou como ferramentas: pesquisa bibliográfica e documental, publicações impressas e online, artigos científicos, livros, pesquisas e entrevistas publicadas, vídeos e séries históricas de dados, documentos e arquivos pessoais disponibilizados. Como resultado do capítulo 1, conclui-se que o Antropoceno, mesmo que não oficializado como Era Geológica, já é aceito pela academia em função das visíveis mudanças facilmente verificadas desde a Grande Aceleração. Essa aceitação em breve nos levará para outra fase de consciência, em que, dotados de capacidade intelectual enquanto humanidade, reconheceremos os erros que nos trouxeram até aqui e construiremos soluções para atenuar seus rumos. Logo, estamos em vias de viver um Antropoceno consciente de si mesmo? O capítulo 2, por sua vez, analisou o desenvolver agroecológico e seus desafios locais e globais. Pode-se concluir que se trata de um movimento de conscientização coletiva iniciado com o questionamento do modo vigente de produção, sendo que desde seu início acumula adeptos e conquistas para o coletivo e o meio ambiente. O capítulo 3 destaca dados biofísicos acerca da atual situação perceptível do Antropoceno, impactos locais percebidos e aspectos do cotidiano local da agroecologia no momento pandêmico. Com esse bloco conclui-se que, localmente, são perceptíveis as mudanças antropocêntricas. Importantes estudos apontam a agroecologia como portadora de soluções. Percebe-se que a pandemia exige adaptação dos agricultores ecologistas, além da união deles para disputas em defesa de manutenção de aspectos já conquistados outrora. O estudo elenca, ao final, algumas percepções acerca da problemática central. Propicia concluir principalmente que o modelo agroecológico acontece com práticas contrárias às que impulsionaram o advento do Antropoceno, logo possui capacidade de contribuir com a construção de sistemas produtivos mais adequados. |