Mal-estar docente, trabalho e adoecimento profissional nos territórios da escola pública estadual de Santa Rosa/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rodrigues, Marcelo Ordesto
Orientador(a): Nogueira, Sandra Vidal
Banca de defesa: Silva, Sidinei Phitan da, Rotta, Edemar
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Políticas Públicas
Departamento: Campus Cerro Largo
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4413
Resumo: O presente trabalho investigativo consiste num estudo sobre o mal-estar docente, trabalho e adoecimento profissional nos territórios da escola pública estadual de Santa Rosa/RS. Tem como objetivo destacar suas implicações na saúde, no cotidiano escolar e na vida profissional, afetiva, física e emocional dos profissionais da Educação Básica. Fez-se uma pesquisa pautada na abordagem qualitativa, com ênfase bibliográfica, documental e registros de história oral laboral, levando em consideração narrativas de dezenove profissionais: docentes e diretores (na faixa etária entre 32 e 64 anos, sendo 15 do sexo feminino e 4 do masculino), pertencentes a duas unidades escolares da Rede Pública Estadual de Ensino no Município de Santa Rosa, Rio Grande do Sul. Para tal, foram feitas entrevistas tomando por referência um conjunto de vinte e nove questões abertas, subdividas em blocos. A Pesquisa está organizada em introdução, desenvolvimento, considerações finais, referências bibliográficas e anexos. No que se refere ao desenvolvimento, destacam-se três partes, sob a forma de capítulos. No capítulo 2 destaca-se a compreensão das maneiras pelas quais se materializam as estruturas disruptivas na organização da ambiência profissional. Já no capítulo 3, o debate reflexivo é sobre as mudanças introduzidas na sociedade nas últimas décadas que tem produzido novas formas de subjetivação e, também, mal-estar. E, no capítulo 4, os processos de implementação das novas racionalidades e as contradições da sua inserção nos espaços educacionais, são revelados a partir das narrativas sobre a História oral laboral. À título de resultados, pode-se afirmar que a investigação explicita a emergência da individualização do sofrimento nos territórios da escola pública brasileira e gaúcha. A subjetividade sofrente desnuda as disfuncionalidades nos ambientes escolares. Uma nova racionalidade se estabelece, por meio de uma “mão invisível”, que regula e cria novos padrões de relacionamento e impõe a redução de custos, intensificação e precarização das relações de trabalho, como importantes instrumentos de gestão e controle.