Política(s) de línguas em eventos internacionais sobre língua portuguesa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Capitanio, Alâna
Orientador(a): Silva Sobrinho, José Simão da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
Departamento: Campus Chapecó
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/767
Resumo: Nesta pesquisa, buscamos compreender o funcionamento discursivo de eventos internacionais sobre Língua Portuguesa, organizados e promovidos pelo Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), a partir das textualizações disponíveis nas páginas eletrônicas destes eventos. Inscrevemo-nos na perspectiva teórico-metodológica da Análise de Discurso (AD), desenvolvida, sobretudo, a partir dos trabalhos de Michel Pêcheux e Eni Orlandi, articulada à História das Ideias Linguísticas (HIL). As perguntas norteadoras do trabalho foram: (i) que política(s) de línguas constitui sentidos sobre língua portuguesa nos eventos internacionais? (ii) que filiações de sentidos conformam a relação entre a unidade e a diversidade da língua portuguesa nos eventos analisados? Para desenvolver nosso gesto de interpretação, construímos um arquivo, com as textualizações recortadas das páginas eletrônicas de sete eventos internacionais, realizados entre os anos de 2010 (data do primeiro evento) e 2013. Concluímos que os eventos são conformados por sentidos constituídos pelo funcionamento dos imaginários da mundialização/globalização e da lusofonia. Os sentidos produzidos por estes imaginários constituem uma política de unidade, homogeneidade, universalidade da língua e dos Estados da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). A língua portuguesa é significada como una, igual em todos os países da CPLP, tendo como referência a língua do colonizador, silenciando os sentidos da descolonização linguística. Esses imaginários, porém, não se inscrevem sem equívocos, contradições, resistências produzidas pela diversidade linguística, pelo funcionamento do político que desestabiliza os sentidos de unidade.