Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Rachel Torquato [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151125
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Resumo: |
O mel é um alimento de composição complexa e variável em função do tipo de abelha que o elabora, das fontes de néctar e condições climáticas e edáficas da região. Neste sentido, ampliar o conhecimento sobre a produção e o mel de Melipona fasciculata (Tiúba) é essencial para contribuir com a definição de parâmetros de identidade e qualidade deste produto. Portanto, o objetivo deste estudo foi determinar as características de qualidade de méis de Tiúba (Melipona fasciculata Smith, 1854, Hymenoptera, Apidae) produzidos em duas Bacias Hidrográficas do Estado do Maranhão (Munim e Pericumã), tomando como linha de base as características do mel de Apis mellifera L. O sistema de criação da abelha M. fasciculata (Tiúba), apresentou características predominantemente semi-artesanais, desprovido de manejo técnico e medidas higiênico sanitárias de processamento e conservação do produto. Mesmo nessas condições, a qualidade microbiológica da maioria das amostras de mel (95%) esteve apta para consumo humano. O mel de M. fasciculata (Tiúba) da Bacia Hidrográfica do Munim foi caracterizado pelo teor de sólidos solúveis e cinzas, enquanto a umidade caracterizou as amostras da Bacia Hidrográfica de Pericumã e os açúcares redutores as de mel de Apis mellifera. Os parâmetros físico-químicos dos méis de M. fasciculata (Tiúba), em sua maioria, não se enquadraram na legislação brasileira para Apis mellifera. Os tipos polínicos foram principalmente das famílias botânicas Solanaceae e Pontederiaceae, mas os méis apresentaram-se heterogêneos, de diferentes origens florais, exceto o mel da região do Cerrado da Bacia do Munim, que pôde ser caracterizado como mel de eucalipto. Os méis apresentaram-se distintos em relação à viscosidade e cor, além de terem os perfis sensoriais descritos de formas diferentes. No entanto, houve aceitação sensorial semelhante entre os méis de M. fasciculata (Tiúba) da região do Cerrado e de Apis mellifera, embora com perfis sensoriais diferentes. Houve a diferenciação dos méis de M. fasciculata (Tiúba) em relação ao mel de Apis mellifera quanto às características físico-químicas, origens florais, viscosidade, cor e termos descritores, o que reforça a necessidade de definição de parâmetros de identidade e qualidade para aquele produto, garantindo ao consumidor um mel de qualidade, e oferecendo suporte às futuras ações de desenvolvimento da cadeia produtiva do mel, no Estado do Maranhão. |